domingo, 27 de julho de 2008

Dojo Kun

É o conjunto de cinco preceitos (kun) que são normalmente recitados no começo e no fim das aulas de karatê no dojo (local de treinamento). Estes preceitos representam os ideais filosóficos do karatê e são atribuídos a um grande mestre da arte do século XVIII, chamado Tode Sakugawa.


HITOTSU JINKAKU KANSEI NI TSUTOMURU KOTO
Esforçar-se para a formação do caráter.

Os meios para praticar o karatê é mais que somente físico. Todo iniciante, especialmente o jovem, deve ser ensinado a importância da construção de caráter por meio da disciplina e treinamento rigoroso. Para o iniciante, o caráter a ser construindo começa com o aperfeiçoamento de técnicas por repetição. O espírito de guerreiro será alcançado quando ganha-se mais confiança por desenvolvimento de técnicas mais fortes. O treino trará à luz ao espírito, não se deve somente lutar mas sobrepujar problemas pessoais especialmente em casos de doença, crise doméstica e problemas de negócios. É um caminho longo desenvolver estes valores espirituais mas quando o conceito é entendido e experimentado proporcionará a vida inteira benefício de força interior e paz.

HITOTSU MAKOTO NO MICHI O MAMORU KOTO
Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão.

Ser fiel é uma tradição forte de samurai e uma extensão da influência de Confúcio na família das artes marciais. A fé a ser mostrada está em seu sensei e no dojo. O aluno sempre deve ser fiel a seu sensei e deve seguir em muito o mesmo meio como um samurai medieval seguia seu senhor feudal e o protegia da morte sem hesitação. Enquanto isto pode parecer raro no dia presente, é injusto esperar um sensei ensinar todo o saber a um aluno que é possível sair de para a razão mais leve. O aluno deve provar sua lealdade com o passar dos anos. A fé e a lealdade estendida ao sensei será recompensada, com uma quantia maior de conhecimento e sabedoria que serão passadas ao aluno e para este bônus acontecer entre sensei e aluno é extremamente valioso o relacionamento.

HITOTSU DORYOKU NO SEISHIN O YASHINAU KOTO
Criar o intuito do esforço.

Esforçar-se completa a dedicação e compromisso necessário alcançar mestria da arte. Em nenhum caso a mestria é possível sem esforço árduo e sacrifício da parte do profissional. O esforço deve ser de uma natureza sincera e não superficial. Esforço sério da parte do aluno será reconhecido pelo sensei que irá disponibilizar mais tempo com o aluno.

HITOTSU REIGI O OMONZURU KOTO
Respeitar acima de tudo.

O respeito com os outros é uma qualidade importante dos japonês e da cultura de Okinawan portanto comum às artes marciais. Gichin Funakoshi enfatiza que o karatê começa e termina com etiqueta. Ele também declarou que sem cortesia não há nenhum dojo. Isto é uma reflexão da natureza formal do povo japonês e pode ser observada ao curvar-se durante o treinamento assim como em casa ou no escritório. A etiqueta do Dojo é bem definida. Você deve mostrar respeito em tudo que faz e em toda parte toda que você vai. O respeito é estendido a todos: pais, senseis, educadores, lei, natureza, falecidos, etc.

HITOTSU KEKKI NO YU O IMASHIMURU KOTO
Conter o espírito de agressão.

Um lutador treinado é uma pessoa com um espírito competitivo, feroz e de grande força então é injusto usá-lo contra uma pessoa inexperiente. O espírito de um karateka é invencível e o mesmo deve saber usar seu conhecimento só por justiça. Uma pessoa de caráter deve afastar-se de brigas porque possui controle de suas emoções e está em paz consigo. Ele não deve testar suas capacidades na rua. Pode-se vencer sem luta e ele não terá nenhum pesar por ferir. O Privar-se de comportamento violento é duro de explicar a muitos ocidentais por causa de seu ambiente, ou por atitude de ganhar torneios eles querem fazê-lo tanto que acabam ficando contra os princípios do karatê-dô e dojo kun. É portanto necessário os instrutores constantemente lembrar os alunos da importância do dojo kun.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Karatê como esporte

O Karatê também pode ser praticado como um esporte competitivo, muito embora não possua status de esporte olìmpico como o Judô e o Taekwondo. Isto se deve ao fato de que não há uma organização centralizadora para o Karatê, assim como não existem regras uniformes entre os diversos estilos. A competição pode ser tanto de kumite como de kata e os competidores podem participar individualmente ou em grupo. Vale lembrar, no entanto, que o Karatê é considerado como modalidade olímpica, reconhecida pelo COI em 1999, uma vez que está de acordo com a Carta Olímpica. A Organização Mundial de Administração que foi reconhecida é a Federação Mundial de Karatê.

Na competição de kata, pontos são concedidos por cinco juízes, de acordo com a qualidade da performance do atleta, de maneira análoga à ginástica olímpica. São critérios fundamentais para uma boa performance a correta execução dos movimentos e a interpretação pessoal do kata através da variação de velocidade dos movimentos (bunkai). Quando o kata é executado em grupo (usualmente, de três atletas), também é importante a sincronização dos movimentos entre os componentes do grupo.

No kumite, dois oponentes (ou duas equipes de lutadores) enfrentam-se por um tempo, que pode variar de dois a cinco minutos. Pontos são concedidos tanto pela técnica quanto pela área do corpo em que os golpes são desferidos. As técnicas permitidas e os pontos permissíveis de serem atacados variam de estilo para estilo. Além disso, o kumite pode ser de semi-contato (como no estilo Shotokan), ou de contato direto (como no estilo Kyokushin).


Tabela de pontuação utilizada pela Confederação Brasileira de Karatê-do (CBK), e entidades a ela filiadas:

Ippon (um ponto) - soco na área do abdome, do peito ou do rosto.
Nihon (dois pontos) - soco ou chute na área das costas; chute na área do abdome ou do peito, independentemente do oponente estar caído ou não; seqüência pontuável em que o oponente seja atingido com, pelo menos, dois socos, na área do abdome e/ou do peito e/ou do rosto; seqüência pontuável em que o oponente perca o equilíbrio (por si só, ou após receber uma técnica de varredura ou projeção), e seja atingido, logo em seguida, com um golpe pontuável (exceto chute na cabeça), desde que esteja caindo ou de costas.
Sanbon (três pontos) - chute na cabeça, com contato controlado (ou, dependendo da categoria em disputa, com aproximação de 5cm a 10cm, desde que o oponente não esboce reação), independentemente do oponente estar caído ou não; derrubar o oponente com técnica de varredura ou projeção e, num intervalo de até 3 segundos, aplicar uma técnica pontuável (exceto chute na região do abdome), desde que o oponente esteja completamente caído, sem chances de contra-atacar.

Há, ainda, confederações que utilizam tabela de pontuação semelhante a esta. Por exemplo, a Confederação Brasileira de Karatê-do Interestilos (CBKI), bem como as entidades filiadas à mesma, utilizam wazari (meio ponto - ○), para golpes chudan (altura do tronco); e ippon (um ponto - ●), para golpes jodan (altos), ou indefensáveis. Nesse sistema de luta, o combate termina quando o tempo expira ou quando um dos dois oponentes atinge três pontos (sanbon), daí o nome do sistema de disputa ser Shobu Sanbon (disputa por três pontos). Uma variação desse sistema é o Shobu Ippon (disputa por um ponto), onde vence aquele que conseguir um ippon ou dois wazari. Há, ainda, outra variação: Shobu Nihon (disputa por dois pontos), na qual vence aquele que obtiver dois ippon ou quatro wazari, mas esta última forma de disputa é mais utilizada para competições infantis.

Estilos no Karatê

No Karatê há um grande número de estilos e escolas. Os mais conhecidos atualmente são Shotokan, a escola Shotokai, Shorin-ryu, Goju-ryu, Uechi-ryu e Shito-ryu. Todos eles criados na primeira metade do século XX. O Kyokushin ("verdade final") é outro estilo muito popular, apesar de mais recente. Além desses, existem: Shobayashi, Matsubayashi-ryu, Kobayashi-ryu, Matsumura Seito e Matsumura Motobu. Desses se originaram estilos como Chito-ryu, Shorinji-ryu (Kempo) e Shorei-ryu. Outros estilos importantes incluem o Seido, Shudokan, Shukokai, Isshin-ryu e Shindo-jinen-ryu. Alguns mestres do Karatê criaram estilos que são a combinação de vários estilos, como o JIKC (Japanese International Karate Center) ou o Kata shubu do ryu.

Assim, é possível relacionar a seguinte lista de estilos:

Chito-ryu
Goju-ryu
Goju-ryu Hakkoku shobukan
Goju-Ryu Seigokan ou Seigokai
Goju-Ryu Goju-Kai
Isshin-ryu
Kenyu Ryu
Kobayashi-ryu
Kyokushin
Kyokushinkaikan
Toshinkai - Fundador: Kancho Yuji Shimizu, faixa preta 8ºdan/Japão
Kuei-Shin - Mestre em atividade: Ailton Bichara Grillo (estilo em extinção)
Matsubayashi-ryu
Matsumura Seito
Matsumura Motubu
Rengo-kai - Fundador: mestre Luis Kuribara
Seido
Seiwakai - Fundador: o brasileiro Kancho Ademir da Costa
Shorin-ryu - Fundador: mestre Choshin Chibana
Shorinji
Shindo jinen-ryu
Shitoryu - Fundador: Mestre Kenwa Mabuni
Shobayashi
Shorei-ryu
Shobukan - Fundador: mestre Massanobu Shinjo
Shotokan - Fundador: mestre Gichin Funakoshi
Shotokai - Linhagem de Shotokan desenvolvida por vários discípulos do Mestre Gichin Funakoshi, podendo-se destacar o Mestre Shigueru Egami
Shudokan
Shukokai
Uechi-ryu
Wado-ryu
Jun wa-kan
KenkaRyu
Shidokan
Heik okai
Shinkyokushin
Deai osae
Kenshi kai
Bayakuren kaikan
Randori kai

Estilo e Escola

Em termos de artes marciais, há que se notar que a palavra escola não tem o mesmo sentido empregado no uso comum. O Karatê é uma arte marcial que se subdivide em diversos estilos, o Shorin-ryu sendo um dos mais antigos entre eles. Cada estilo (ryu) é uma forma particular de se praticar uma determinada arte marcial. Nesse sentido, membros de estilos diferentes terão nomes diferentes para golpes semelhantes, katas e kihons próprios, diferentes progressões de faixa e até mesmo metodologias de ensino variadas. O que une os diferentes estilos é a consciência de que são como galhos de uma mesma árvore, no caso a arte marcial em questão.

As escolas (kan), por sua vez, são visões particulares de um determinado estilo. Muitas vezes elas se originam como tributos a mestres muito graduados e, algumas vezes, acabam se transformando em estilos propriamente ditos, como foi o caso do estilo Shotokan, que deve ser mais corretamente chamado de Shotokan-ryu (uma vez que Shotokan seria a escola de Shoto e Shotokan-ryu seria o estilo da escola de Shoto). Uma escola, em termos de artes marciais, não é, portanto, um local de aprendizado de técnica, mas um conjunto de idéias dentro de um estilo. Os locais de aprendizado são chamados de dojos, sendo estes filiados a alguma escola. São neles que as pessoas aprendem Karatê.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Graduação no Karatê

As artes marciais provenientes do Japão e Okinawa, apresentam uma variedade de títulos e classes de graduações. O sistema atual de graduação de faixas coloridas é o mais aceito; antes disso, muitos métodos distintos eram usados para marcar os vários níveis dos praticantes. Alguns sistemas, recorriam a três tipos de certificados para seus membros:

Shodan: significando que se havia adquirido o status de principiante.
Chudan: significava a obtenção de um nível médio de prática. Isso significava que o indivíduo estava seriamente comprometido com sua aprendizagem, escola e mestre.
Jodan: a graduação mais alta. Significava o ingresso no Okuden (escola, sistema e tradição secreta das artes marciais).

Se o indivíduo permanecia dez anos ou mais junto ao seu mestre, demonstrando interesse e dedicação, recebia o Menkyo, a licença que permitia ensinar. Essa licença podia ter diferentes denominações como: Sensei, Shihan, Hanshi, Renshi, Kyoshi, dependendo de cada sistema em particular. A licença definitiva que podia legar e outorgar acima do Menkyo, era o certificado Kaiden, além de habilitado a ensinar, implicava que a pessoa havia completado integralmente o aprendizado do sistema.

O sistema atual que rege a maioria das artes marciais usando Kyu ("classe") e Dan ("grau") , foi criado por Jigoro Kano, o fundador do Judô. Kano era um educador e conhecia as pessoas, sabendo que são muitos os que necessitam de estímulos imediatamente depois de haver começado a praticar artes marciais. A ansiedade desse tipo de praticante não pode ser saciada por objetivos a longo prazo.

A graduação no Karatê é importante para indicar o nível de experiencia dos praticantes, e é vista como sinal de respeito para os atletas menos graduados. Para demonstrar a graduação os caratecas usam uma faixa com uma cor na região da cintura. A ordem das cores das graduações variam de estilo para estilo mas como padrão, a faixa iniciante é a de cor branca.

Abaixo as cores de graduação do estilo tradicional Shorin-ryu, como um exemplo da progressão de graduação no caratê:

Branca (8º Kyu)
Azul clara (7º Kyu)
Amarela (6º Kyu)
Laranja (5º Kyu)
Verde (4º Kyu)
Azul escura (3º Kyu)
Roxa (2º Kyu)
Marrom (1º Kyu)
Preta (1º Dan até 10º Dan)

Outro exemplo de graduação é a do estilo Shotokan:

Branca (7º Kyu)
Amarela (6º Kyu)
Vermelha(5º Kyu)
Laranja (4º Kyu)
Verde (3º Kyu)
Roxa (2º Kyu)
Marrom(1º Kyu)
Preta (1º Dan até 10º Dan)

Na classificação de faixas coloridas, Kyu significa classe, sendo que essa classificação é em ordem decrescente. Na classificação de faixas pretas, Dan significa grau, sendo a primeira faixa preta a de 1º Dan, a segunda faixa preta 2º Dan e assim por diante em ordem crescente. Em um plano simbólico, o branco representa a pureza do principiante, e o preto se refere aos conhecimentos apurados durante anos de treinamento.
Existem três tipos de faixas pretas:

1- Existe a pessoa que por colaborar na divulgação do Karatê-dô tem o reconhecimento de seu serviço com um certificado de Faixa preta Honorário (chamado em japonês de Mey-Dan) .

2- Existe a pessoa que é Karateka e treina regularmente, mas não possui índice técnico para ser aprovado em exame de faixas oficial, por ser muito antigo, e para evitar constrangimentos, pode receber uma faixa preta em reconhecimento ao empenho demonstrado. É o Suisen-Dan (grau por antiguidade).

3- E, por último, existe o Jitsu-Kyoku-Dan, que foi aquele praticante que se submeteu a banca examinadora e foi aprovado, possuindo nível técnico e treinamento que justifica a sua graduação.

IMPORTANTE: faixa preta de Karatê não é sinônimo de professor de Karatê, mas sim, de pessoa que se sacrificou o suficiente para conseguir um relativo controle de seu corpo e de sua mente.

domingo, 20 de julho de 2008

História do Karatê

Originalmente a palavra Karatê era escrita com os ideogramas 空手 ("mãos vazias") se referindo à dinastia chinesa Tang ou, por extensão, a mão chinesa, refletindo a influência chinesa nesse estilo de luta.

O Karatê é provavelmente uma mistura de uma arte de luta chinesa levada a Okinawa por mercadores e marinheiros da província de Fujian com uma arte própria de Okinawa. Os nativos de Okinawa chamam este estilo de Okinawa-te ("mão de Okinawa"). Os estilos de Karatê de Okinawa mais antigos são o Shuri-te, o Naha-te e o Tomari-te, assim chamados de acordo com os nomes das três cidades em que eles foram criados.

Em 1820 Sokon Matsumura fundiu os três estilos e criou o estilo Shorin (pronúncia japonesa para a palavra chinesa Shaolin), que é também a pronúncia dos ideogramas 少林 ("pequeno" e "bosque"). O nome Shorin foi dado posteriormente, por Choshin Chibana, ao estilo idealizado pelo mestre Mastumura. Entretanto os próprios estudantes de Matsumura criaram novos estilos adicionando ou subtraindo técnicas ao estilo original. Gichin Funakoshi, um estudante de um dos discípulos de Matsumura, chamado Anko Itosu, foi a pessoa que introduziu e popularizou o Karatê nas ilhas principais do arquipélago japonês.

O Karatê de Funakoshi teve origem na versão de Itosu do estilo Shorin-ryu de Matsumura que é comumente chamado de Shorei-ryu. Posteriormente o estilo de Funakoshi foi chamado por outros de Shotokan por seu apelido Shoto; o kanji kan (館) significa prédio ou construção, e portanto Shotokan significa "Prédio de Shoto". O estilo Shotokan foi popularizado no Japão e introduzido nas escolas secundárias antes da Segunda Guerra Mundial.

Como muitas das artes marciais praticadas no Japão, o Karatê fez a sua transição para o Karate-Do no início do século XX. O Do em Karate-Do significa caminho, palavra que é análoga ao familiar conceito de Tao. Como foi adotado na moderna cultura japonesa, o Karatê está imbuído de certos elementos do zen budismo, sendo que a prática do Karatê algumas vezes é chamada de “zen em movimento”. As aulas freqüentemente começam e terminam com curtos períodos de meditação. Também a repetição de movimentos, como a executada no kata, é consistente com a meditação zen pretendendo maximizar o autocontrole, a atenção, a força e velocidade, mesmo em condições adversas. A influência do zen nesta arte marcial depende muito da interpretação de cada instrutor.

A modernização e sistematização do Karatê no Japão também incluiu a adoção do uniforme branco (quimono ou karategi) e de faixas coloridas indicadoras do estágio alcançado pelo aluno, ambos criados e popularizados por Jigoro Kano, fundador do Judô. Fotos de antigos praticantes de Karatê de Okinawa mostram os mestres em roupas do dia-a-dia.

Durante a Segunda Guerra mundial, o Karatê tornou-se popular na Coréia do Sul sob os nomes Tangsudo ou Kongsudo quando a pratica do Tae Kwon Do foi proibida pelos japoneses após sua invasão.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

O Karatê


O Karatê (em japonês 空手, karate, ou 空手道, karate-dō, "caminho da mão vazia"), é uma arte marcial desenvolvida a partir do Kenpō chinês (em particular o Kung Fu da China meridional) e de métodos autóctones de lutas das ilhas Ryūkyū. O Karatê é predominantemente uma arte de golpes, como pontapés (chutes), socos, joelhadas e cotoveladas e golpes com a palma da mão aberta. Bloqueios de articulações, lançamentos e golpes em áreas vitais também são ensinados, dependendo do estilo. Um praticante de Karatê é denominado "karateca".

O Karatê é uma forma de Budo (武道, caminho marcial), enfatizando as técnicas de percussão Atemi Waza (como defesas, socos e chutes) ao invés das técnicas de projeções e imobilizações. O treino de Karatê pode ser dividido em três partes principais: Kihon, Kata e Kumite.

Kihon (基本, "fundamentos") é o estudo dos movimentos básicos.
Kata (型, "forma", "padrão") é uma espécie de luta contra um inimigo imaginário expressa em seqüências fixas de movimentos.
Kumite (組手, "encontro de mãos") é a luta propriamente dita. Em sua forma mais básica é combinada (com movimentos predeterminados) entre os lutadores para, posteriormente, alcançar o Jyu Kumite (combate livre ou sem regras). A forma desportiva, ou combate com regras, é conhecida como Shiai Kumite.

domingo, 6 de julho de 2008

Lista de Artes Marciais

Esta é uma lista de Artes Marciais, organizada segundo as regiões de origem dos diversos estilos.

África

África do Sul

Nguni (luta com bastões)
Rough and Tumble

Ilhas Canárias

Wrestling das Canárias

Nigeria

Dambe (Boxe Hausa)

Sudão

Luta Nuba

Togo

Evala Wrestling

América do Norte e Caribe

Estados Unidos

American Karate System
American Kenpo
Collegiate Wrestling - práticado nas universidades
Defendo (Combato, Underwood Systems)
Danzan Ryu
Hoshin Roshi Ryu
Hurricane Combat Arts
Inoue grappling
Artes marciais misturadas
Haak Lung Chuan-Fa
Jailhouse rock (estilo supostamente desenvolvido nas prisões)
Jeet Kune Do "Way of the Intercepting Fist" (Jeet Kuen Do, JKD, Jun Fan Gung Fu)
Kajukenbo
kickboxing
Kokondo
Limalama
Marine Corps LINE Combat System
Marine Corps Martial Arts Program
Model Mugging (auto defesa feminista também conhecida domo "Impact")
Nativos Americanos (inclui escalpelamento, arremesso de machado Tomahawk, etc.)
Neko-ryu
Progressive Fighting System
Red Warrior ou Tushka-homa
S.C.A.R.S.
Shen Lung Kung Fu (神龍 功夫) - Estilo dos 5 Animais (base chinesa)
Shingitai Jujitsu
Shootfighting
Shoot wrestling
To-Shin Do
Tora Dojo
Wen-Do - (Auto defesa feminina)
World War II combatives

Haiti

Kalenda

América do Sul

Bolívia

Tinku

Brasil

Capoeira
Brazilian Jiu-Jitsu
Vale Tudo
Luta Livre
Maculele
Luta Marajoara
Salamandras "Guerreiros do fogo"
Kata Shubu do Ryu
Sheng Gen Tao wushu
Kan Chuan Tao wushu
Fei Lung Chuan Tao wushu
Morganti Ju-jitsu
Taiyando
Kombato
Komal
b 13
ASAMCO

Peru

Vacón

Ásia

Borneo

Borneo Silat

Burma, Birmânia ou Mianmar

Bando
Banshay
Lethwei
Naban

Cambodja

Bokator
Khmer Boxing
Khmer Traditional Wrestling

China (中國武術)

Wushu e Kung fu (Gong fu) - termos genéricos para designar as artes marciais chinesas
Neijia e Waijia- sistemas internos e externos
Bafaquan (八法拳) - Oito Métodos
Baguazhang (八卦掌 Pa Kua Chang) - Palmas dos Oito-Trigrams
Bajiquan (八極拳) - Punho Oito Extremos
Bak Mei (白眉拳) ou Pak Mei (Sobrancelha Branca)
Black Tiger (黑虎拳) Kung Fu Tigre Negro
Chaquan (查拳) - Punho Cha
Choy Gar(蔡家) Punho de Rato
Choy Lay Fut (蔡李佛)
Ditangquan (地躺拳) - Ground-Prone Fist, Ground Tumbling Boxing
Yingzhaoquan (鷹爪翻子拳) - Garra de Águia
Emeiquan (峨嵋拳, O Mei Ch'uan)
Fanziquan (翻子拳) - Punho Overturning
Fei Hok Phai - Estilo da garça voadora
Cinco Ancestrais (五祖拳)
Gou Quan (狗拳) - Punho de Cão
Grou Branco Fujian (白鶴拳)
Hou quan (猴拳) - Punho de Macaco
Hua quan (華拳) - Punho Hua
Hung Fut (洪佛) - kung fu estilo Hung e Buda
Hung Gar (洪家)
Hu Quan (虎拳) - Punho de Tigre
Jow-Ga Kung Fu (周家) - Estilo da família Jow
Lau Gar (刘家) - Estilo da família Lau
Leopard (豹拳)
Liu Seong Kuntao (ou Liu Seong Gung Fu, ou Liu Seong Chuan Fa)
Liuhe Bafa (六合八法 Liu He Pa Fa, Lok Hup Ba Fa) Seis Harmonias, Oito Métodos
Long Quan (龍形拳) Punho do Dragão
Louva-a-Deus do Norte (北派螳螂拳)
Louva-a-Deus do Sul (南派螳螂拳)
Luohan Quan - (羅漢拳 Boxe Arhat)
Mei Hua Quan (梅花拳 Punho Flor de Ameixeira)
My Jong Law Horn (迷蹤羅漢拳)
Nan Quan (南拳)
Paochui (炮捶) - Soco canhão
Piguaquan (劈掛拳) - Punho Chop-Hitch
Quan fa (拳法) - Princípios do Punho
Shaolin do Norte Long Fist Kung Fu
Shaolin Nam Pai Chuan(少林南派拳)
Shaolin Quan (少林拳)
Suai Jiao (摔跤)
She quan (蛇拳) - Punho de Serpente
Tai Chi Chuan (太極拳 T'ai Chi Ch'uan, Taijiquan)
Tantui (彈腿/譚腿)
Tien Shan Pai(天山派)
Tong bei quan (通背拳) - Punho atravessa costas
Wing Chun (詠春拳)
Wudang Quan (武當拳)
Xingyiquan (形意拳 Hsing-i Ch'uan)
Yau Kung Mun
Yiquan (意拳 I Ch'uan)
Zui Quan (醉酒拳) - Punho Bebado

Estilos Modernos

Do Pi Kung Fu
Jing Quan Do
Kuen-Do
Sanshou (散手) (Luta chinesa moderna de contato, baseada no antigo sistema de luta corporal)
Chin-Na- Técnica chinesa de torções articulares
Chinese Kempo Lohan Tao

Coréia (한국무술/韓國武術)

Gwon-gyokdo (권격도/拳擊道)
Haidong Gumdo (해동검도/海東劍道)
Han Mu Do (한무도/韓武道)
Hankido (한기도)
Hankumdo (한검도)
Hapkido (합기도/合氣道)
Hoi Jeon Moo Sool (회전무술)
Hup Kwon Do
Hwa Rang Do (화랑도/花郎道)
Kuk Sool Won (국술원/國術院)
Kumdo (검도/劍道 Gumdo)
Kunmudo
Kyuki Do
Sipalki (십팔기/十八技)
Soo Bahk Do (수박도/手搏道)
Subak (수박/手搏)
Ssireum (씨름) - Wrestling Coreano
Taekwondo (태권도/跆拳道)
Taekyon (택견)
Tang Soo Do (탕수도/唐手道)
Tukong moosul (特攻武術)
WonHwaDo (원화도/圓和道)

Filipinas

Buno
Cinco Teros
Dumog
Eskrima (Kali)
Espada y Daga
Jendo
Kali Sikaran
Kombatan
Pananjakman
Pangamut
Sikaran
Suntukan
Yawyan

Índia

Adithada
Bothati
But Marma Atti
Gatka
Inbuan Wrestling
Kabaddi
Kalarippayattu
Kuttu Varisai
Lathi
Malla-yuddha
Mallakrida
Malyutham
Marma Adi
Mukna
Niyuddha-kride
Pehlwani
Sarit Sarak
Shastar Vidiya
Silambam Nillaikalakki
Varma Kalai
Vajra Mushti / Vajra Mukti

Indonésia

Kuntao
Silat
Sindo

Japão (日本武芸)

Aikido (合気道)
Battojutsu (抜刀術)
Bujutsu (棒術)
Bujinkan (武神館)
Daito-ryu aiki-jujutsu (大東流)
Genbukan
Goshin Jujitsu (護身柔術)
Hakko Ryu (八光流)
Iaido(居合)
Iaijutsu (居合術)
Jinenkan
Jojutsu (杖術)
Judo (柔道)
Jujutsu (柔術、)
Karatê
Kendo (剣道)
Kenjutsu (剣術)
Kenpo (拳法)
Kenpo kai (拳法會)
Kyokushin
Kyudo (弓道)
Naginata-do (薙刀道)
Nakamura Ryu
Nanbudo
Ninjutsu (忍術 Ninpo 忍法)
Nippon Kempo (拳法)
Shindo Yoshin Ryu
Shidokan
Shinkendo
Shintaido (新体道)
Shintai Do (心体道)
Shoot boxing (シュートボクシング)
Shooto (修斗)
Shorinji kempo (少林寺拳法)
Shotokan
Shukokai
Sojutsu
Sumo (相撲)
Taido (躰道)
Taiho-Jitsu
Taijutsu (体術)
Tenshin Shōden Katori Shintō-ryū (天真正伝香取神道流)
Toyama Ryu
Yabusame (流鏑馬)
Yagyu Shingan-ryu

Okinawa

Goju-ryu
Isshin-ryu
Karate (空手)
Okinawan kobudo
Shorin-ryu
Tegumi (手組)

Laos

Ling Lom

Malásia

Tomoi

Mongólia

Mongolian Wrestling

Sri Lanka

Angampora
China adi

Tailândia

Krabi Krabong
Lerdrit
Muay Boran
Muay Thai

Tibete

Boabom

Vietnam (Võ Thuật Việt Nam)

Cuong Nhu
Tu-Thân
Viet Vo Dao / Việt Võ Đạo (越武道)
Qwan Ki Do (Quan Khi Dao)
Vovinam

Europa

Geral

Arco e flecha
Boxe (Ocidental)
Catch wrestling
Esgrima
Fencing
Historical fencing
Justas
Wrestling Luta Livre Professional
Wrestling amador

Alemanha

Esgrima Alemã
Ju-Jutsu Alemão
Kampfringen

Dinamarca

Dai Ki Haku

Espanha

Zipota

Finlândia

Hanmoodo
Kas-pin

França

Bâton Français
Gouren
La Canne
Lutta Corsa
Savate

Grã-Bretanha

Bare-knuckle Boxe
Quarterstaff Luta

Escócia

Dirk Dance - Dança da Faca
Scottish Backhold

Inglaterra

Bartitsu
Boxe (London Prize Ring rules e regras do Marquess de Queensberry)
Cornish wrestling
Defendu (Close Quarters Combat System, Gutter Fighting, Fairbairn System)
Jieishudan (auto defesa)
Lancashire wrestling
Spirit Combat (derivado do British Aiki-Jutsu)
Zhuan Shu Kuan (combinação de artes chinesas, coreanas, e Tailandesas)

Grécia

Pancrácio (All Force)

Irlanda

Bata
Bare-knuckle boxing

Itália

Caestus
Luta Greco-Romana
Esgrima Italiana
Liu-bo

Noruega

Stav

Polônia

Combat 56
Luta Uhlan

Portugal

Jogo do Pau
ArtDo

Rússia

Buza
ROSS
Russian All-Round Fighting (RAF)
Sambô (Sombo, Cambo, Combo)
Spetsnaz GRU combate mão a mão (Sistema de Alexander Popov)
Systema

Sérvia

Real Aikido
Svebor
Svibor (Society of Serbian Knightly Fighting)

Suécia

Glima (Viking Wrestling)

Suíça

Schwingen

Oceania

Hawaii

Kapu Kuialua

Nova Zelândia

Mau rakau

Oriente Médio

Egito

Egyptian Stick Fencing

Irã

Koshti

Israel

Abir
Commando Krav Maga
Kapap
Krav Maga

Turquia

Sayokan
Yağlı güreş (conhecido também como Oil Wrestling)

Uzbequistão

Kurash

Sistemas de classificação dos estilos de luta

Existem diversos sistemas distintos de classificação dos estilos de arte marcial, adotados por diferentes culturas em momentos históricos específicos.

Na China

As artes de lutas estão classificadas em dois grupos:

Wu Shu = artes de guerra onde se encontra os estilos tradicionais mais antigos, que se subdividem em:
• Estilos externos = que usam a força física. Ex: Shaolin e suas divisões.
• Estilos Internos = que usam a Energia Ki. Ex: Tai Chi Chuan, Ba Gua Zhang, Xing Yi Chuan.

Kuo-Shu = artes chinesas, onde se encontram os estilos mais recentes e modernos, muito destes adaptados a competição.

No Japão

As artes da luta já se dividem em três grupos:

Bugei = o sistema é simplório, se referindo a técnicas de guerrear com o aprendizado voltado à manipulação e domínio de equipamentos bélicos tradicionais, como o arco e flecha, os diferentes tipos de espada, lança, alabardas, foices, bastões, machados, correntes, dentre vários outros, característicos da época e região.
Bujutsu = Ele está relacionado a todas as modalidades técnicas necessárias para o combate corporal, é composto por um conjunto de técnicas do bugei, definido como bugei juhappan (as 18 disciplinas de combate), incluindo equitação e natação; foi estabelecido após o período Kamakura japonês (1192-1333), após a chegada da classe samurai ao poder, sendo sua prática limitada a membros da elite guerreira, cabendo o domínio total das técnicas somente a uma pessoa, o fundador do estilo. Ex. Budo Taijutsu, Kenjutsu, Iaijutsu, Ninjutsu e etc.
Budo = O budo é a evolução do bujutsu, juntamente com o bugei; contudo, o budo foi dividido em duas linhas de evolução: a linha esportiva competitiva e a linha de estudo da técnica marcial sem o propósito de guerra, evolução característica da arte marcial, e outras que mantiveram-se desde a antiguidade. Ex: Karate, Judo, Aikido, Kendo, Kyudo, etc.

No Ocidente

Diversas práticas marciais estão vinculadas unicamente à luta e à defesa pessoal, situação muito distinta da do oriente, que as integra a um sistema filosófico que prepara o praticante também física e espiritualmente, criando uma consciência da futilidade de viver competindo e de utilizar sua arte para agredir quem não tem o mesmo preparo.

Entre os estilos ocidentais de luta podemos citar: Savate, Kickboxing, Boxe, Luta Livre, Capoeira, Esgrima, Sambo, Brazilian Jiu-Jitsu e outros mais recentes criados principalmente da mescla com sistemas de luta orientais.

Segundo alguns historiadores, o Pankration, uma das artes marciais do Ocidente, foi levada pelos exércitos de Alexandre, o Grande, para o Oriente.

A História das Artes Marciais


Sua origem confunde-se com o desenvolvimento da civilização quando, logo após o desenvolvimento da onda tecnológica agrícola, alguns começam a acumular riqueza e poder, ensejando o surgimento de cobiça, inveja, e seu corolário, a agressão.

A necessidade abriu espaço para a profissionalização da proteção pessoal. Embora a versão mais conhecida da arte marcial, principalmente a história oriental, tenha como foco principal Bodhidharma monge indiano que em viagem à China orientou os monges chineses na prática do Yoga e rudimentos da arte marcial indiana o que caracterizou posteriormente na criação de um estilo próprio pelos monges de Shaolin, é sabido historicamente, através da tradição oral e escavações arqueológicas que o Kung Fu já existia na China há mais de cinco mil anos. Da China estes conhecimentos se expandiram por quase toda a Ásia. Japão e Coréia também têm tradição milenar em artes marciais.

Recentes descobertas arqueológicas também mostram guardas pessoais, na Mesopotâmia, praticando técnicas de defesa e de imobilização de agressores. Paralelamente, o mundo ocidental desenvolveu outros sistemas, como o Savate francês. Atualmente, pessoas de todo o mundo estudam artes marciais por diferentes motivos como condicionamento físico, defesa pessoal, coordenação física, lazer, desenvolvimento de disciplina, participação em um grupo social, e estruturação de uma personalidade sadia pois a prática possibilita o extravasamento da tensão que harmoniza o indivíduo focalizando-o positivamente.

A origem do termo Artes Marciais


A origem do termo artes marciais é ocidental e latina, uma referência às artes de guerra e luta. Sua origem é vinculada ao deus da guerra greco-romano Marte. Assim, as artes marciais segundo esta mitologia são as artes ensinadas pelo Deus Marte aos homens.

As artes militares ou marciais são todas as práticas utilizadas pelos exércitos no desenvolvimento de treinamento e habilidades para o uso em guerras não importando a origem ou povo que a criou.

Hoje, o termo artes marciais é usado para todos os sistemas de combate de origem oriental e ocidental, com ou sem o uso de armas tradicionais. No oriente, existem outros termos mais adequados para a definição destas artes, como Wu Shu na China e Bushido no Japão que também significam artes de guerra, ou "Caminho do Guerreiro".

Muitas destas artes de guerra do oriente e ocidente deram origem a artes atuais que hoje são praticadas em todo o mundo como Karate, Kung Fu, Tae Kwon Do, Esgrima, Arqueirismo, Hipismo etc, e se diferem dos esportes de combate como o Boxe, Judo, Luta Olimpica, pois no esporte prevalecem as regras definidas para cada competição, já as modalidades que têm uma origem mais marcial têm como objetivo a defesa pessoal em uma situação de risco sem regras, e com o enfoque principal na formação do caratér do ser humano. No Japão, estas artes são chamadas de Budo ou "Um caminho educacional através das lutas".

Artes Marciais


As artes marciais são sistemas de práticas codificadas e tradições de treinamento para combate, geralmente, sem o uso de armas de fogo ou outros dispositivos modernos. Enquanto elas podem ser estudadas por várias razões, artes marciais compartilham um único objetivo: derrotar uma ou mais pessoas fisicamente e defender a si próprio ou outras pessoas de ameaças físicas. Além disso, algumas artes marciais estão ligadas a crenças/filosofias espirituais ou religiosas como hinduísmo, budismo, daoismo ou xintoísmo, confucionismo, e até mesmo islâmicas (por chineses muçulmanos), enquanto que outras têm os seus próprios códigos de honra, espirituais ou não. Muitas das artes também são praticadas competitivamente mais comumente como combate esportivo, mas também pode ser na forma de dança.

Na cultura popular, o termo "artes marciais" muitas vezes refere-se especificamente aos sistemas de combate que surgiram nas culturas asiáticas. No entanto, o termo refere-se na verdade a qualquer tipo de sistemas de combate codificados, independentemente da sua origem. A Europa é o lar de muitos extensos sistemas de artes marciais, tanto de tradições vivas (por exemplo: Jogo do pau e outras esgrimas de pau e espada, e Savate, um estilo francês de chutes desenvolvido por marinheiros e lutadores de rua) como de sistemas mais antigos, coletivamente referidos como artes marciais européias históricas, que existiram até os tempos modernos e estão agora sendo reconstruídas por várias organizações. Nas Américas, americanos nativos têm uma tradição de artes marciais com mãos abertas, que inclui a luta livre (wrestling), enquanto havaianos têm historicamente praticado artes apresentando pequenas e grandes manipulações das articulações. Uma mistura de origens ocorreu nos movimentos atléticos da Capoeira, uma prática que foi criada no Brasil pelos escravos e foi baseada em conhecimentos trazidos da África com eles.

Embora cada estilo tenha facetas únicas que os tornem diferentes das outras artes marciais, uma característica comum é a sistematização das técnicas de combate. Os métodos de treinamento variam e podem incluir lutas ou formas (kata), que são conjuntos de rotinas ou técnicas que são realizadas por si só, ou às vezes com um parceiro, e que são comuns em especial na Ásia e em artes marciais derivadas da Ásia.

A palavra "marcial" deriva do nome de Marte, o deus romano da guerra. O termo "artes marciais" literalmente significa arte da guerra. Este termo vem dos europeus do século XV que estavam se referindo às suas próprias artes de combate que são hoje conhecidas como artes marciais européias históricas. Um praticante de artes marciais é referido como um artista marcial.