sábado, 30 de abril de 2011

Lyoto repete chute de Anderson Silva e aposenta Couture com nocaute espetacular

O brasileiro Lyoto Machida conquistou neste sábado uma das vitórias mais espetaculares de sua carreira no UFC. Com um espetacular chute frontal de direita, ele venceu o norte-americano Randy Couture.

Lyoto acerta o chute de Steven Seagal em Couture e aposenta o norte-americano

O chute que deu a vitória a Lyoto Machida contra Randy Couture, neste sábado, tem a mesma origem daquele que Anderson Silva usou para vencer Vitor Belfort: o ator e mestre das artes marciais Steven Seagal.

Randy Couture fica no chão após ser nocauteado por Lyoto Machida no UFC 129

Os dois lutadores brasileiros usaram chutes frontais que, segundo ambos, lhes foram ensinados por Seagal.


“Treinei muito esse chute. Estou muito feliz, é uma vitória maravilhosa”, celebrou o brasileiro. “Foi uma honra lutar com ele. O Randy é um herói”, completou.

A luta deste sábado, no UFC 129, era a última de Couture, de 47 anos, uma das maiores lendas do MMA. Após o combate, ele afirmou que não voltará a lutar, confirmando a tendência de se aposentar após seu 29º confronto.

Lyoto entrou na luta pressionado após as derrotas para Maurício Shogun Rua e Rampage Jackson. Depois de um primeiro round morno, a luta acabou a 1min05s do segundo round, graças ao grande chute de Machida. Com isso, o karateca assegurou sua permanência no UFC em grande estilo.

Se você ainda não viu, confira em vários ângulos no vídeo abaixo. Se já viu, esse é daqueles “vale a pena ver de novo”!

Confira:



José Aldo estréia com vitória

Em sua primeira luta no UFC, o brasileiro José Aldo Júnior conseguiu manter o cinturão dos pesos penas, que ele havia conquistado ainda no WEC – franquia comprada em outubro de 2010.

Para conquistar sua primeira vitória no Ultimate Fighting Championship, José Aldo precisou suar, sobretudo no último round, para vencer o canadense Mark Hominick diante de 55 mil torcedores em Toronto.


Saint-Pierre mantém o cinturão

Já no principal combate da noite, Georges St-Pierre fez a festa da multidão canadense. Preciso nos golpes, ele obteve mais uma vitória por pontos após minar o desafiante Jake Shields ao longo dos cincos rounds. Desta forma, manteve o título dos meio-médios sem ser ameaçado.

Em nenhum momento da luta, Georges St-Pierre esteve ameaçado pelo norte-americano. Embalado pelos gritos de GSP, ele controlou a distância com bons socos e evitou as quedas de Shields até triunfar com decisão unânime dos juízes para delírio do público canadense.


RESULTADOS DO MAIN CARD OFICIAL DO UFC 129

  • Champ Georges St-Pierre vence Jake Shields por decisão unânime (50-45, 48-47, 48-47) – defende título dos meio-médio-ligeiro
  • Champ Jose Aldo vence Mark Hominick por decisão unânime (48-45, 48-46, 49-46) – defende título dos peso-pena
  • Lyoto Machida vence Randy Couture por knockout (chute) – Round 2, 1:09
  • Vladimir Matyushenko vence Jason Brilz por knockout (socos) – Round 1, 0:20
  • Ben Henderson vence Mark Bocek por decisão unânime (30-27, 30-27, 30-27)


RESULTADOS DO PRELIMINARY CARD DO UFC 129

  • Rory MacDonald vence Nate Diaz por decisão unânime (30-26, 30-27, 30-26)
  • Jake Ellenberger vence Sean Pierson por knockout (socos) – Round 1, 2:22
  • Claude Patrick vence Daniel Roberts por decisão unânime (29-28, 29-28, 29-28)
  • Ivan Menjivar vence Charlie Valencia por TKO (golpes) – Round 1, 1:30
  • Jason MacDonald vence Ryan Jensen por finalização (triângulo) – Round 1, 1:37
  • John Makdessi vence Kyle Watson por knockout (soco girando pelas costas) – Round 3, 1:27
  • Pablo Garza vence Yves Jabouin por finalização (triângulo) – Round 1, 4:31


Fonte: ESPN Brasil

quinta-feira, 28 de abril de 2011

UFC 129 será o maior evento que o UFC já teve

"Esse é o maior evento que o UFC já teve. Estava seguro de vender 32 mil ingressos, mas não imaginava vender 55 mil, e de forma tão rápida", disse Dana White, ao lado dos atletas que compõem o card principal do UFC 129, em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, dia 27, em Toronto, no Canadá. O evento deste sábado, dia 30, será realizado no estádio Rogers Centre, a partir das 22h (horário de Brasília).

Estreante no UFC, o brasileiro José Aldo teve suas qualidades destacadas por Dana White. "No card principal temos José Aldo, campeão pelo WEC (extinto campeonato da Zuffa para categorias de pesos mais leves). Todos notarão que ele é um dos melhores pound for pound (peso por peso) do mundo. Quando ele chuta as pernas do adversário, pode ter certeza que o oponente corre perigo", disse Dana.

De jeito tímido e sem ser muito requisitado pela imprensa local, Aldo não se abateu. "Eu não vejo problema de as pessoas não estarem prestando atenção em mim agora. Dentro do octógono, eu vou mostrar quem eu sou. Somos dois atacantes e na hora da luta cada um vai fazer o seu jogo. Quem não aguentar, vai cair", disse Aldo que foi agraciado com o título de melhor lutador de 2010 pelo MMA Awards (Oscar do esporte) e que defende o cinturão dos pesos penas contra o canadense Mark Hominick.


Outro brasileiro no card principal, Lyoto Machida, que enfrenta a lenda viva do UFC, Randy Couture, falou da pressão que vem sofrendo para esta edição. O atleta, depois de conquistar o cinturão dos meio-pesados, sofreu duas derrotas consecutivas. "Quando você é o campeão é como se tivesse um alvo nas suas costas. Há o assédio da mídia, dos fãs, e, por isso, é mais difícil fazer suas atividades. O assédio continua, mas eu tenho conseguido treinar melhor. O meu objetivo é voltar a ser campeão", disse o Dragão, como é conhecido.

Ídolo local, o canadense campeão dos meio-médios Georges Saint-Pierre, que defende o cinturão contra Jake Shields, lutador invicto há cinco anos e que ganhou as últimas 15 lutas. Dana White elogiou GSP,o dispensou de apresentações e o considerou uma grande estrela não só no Canadá, mas em todos os lugares. "Esse garoto é um dos melhores lutadores do mundo. E não só lutador, mas também ser humano e embaixador do esporte. O que eu amo nele é que ele não para de trabalhar e continua dando duro para fazer sempre o seu melhor".

"Eu sei que Jake Shields é um campeão. Ele é muito inteligente, perigoso, técnico e metódico, um atleta excepcional. Não acho que esse cinturão me pertence. Penso que sábado à noite, ele ficará no meio dos dois, quem ganhar, leva. Tenho certeza que Jake trará o melhor do GSP. Para mim é uma honra participar desse evento e queria agradecer os fãs. Lembrarei disso para o resto da minha vida", afirmou o campeão dos meio-médios.


CARD PRINCIPAL

Georges St-Pierre vs. Jake Shields
José Aldo vs. Mark Hominick
Jason Brilz vs. Vladimir Matyushenko
Randy Couture vs. Lyoto Machida
Mark Bocek vs. Ben Henderson

CARD PRELIMINAR

Nate Diaz vs. Rory MacDonald
Jake Ellenberger vs. Sean Pierson
Claude Patrick vs. Daniel Roberts
Ivan Menjivar vs. Charlie Valencia
Jason MacDonald vs. Ryan Jensen
John Makdessi vs. Kyle Watson
Pablo Garza vs. Yves Jabouin


Aldo revela sua tática de treinamentos para encarar Hominick



José Aldo um dos melhores lutadores peso-por-peso do mundo na atualidade, revela um pouco dos seus treinamentos para encararar o canadense Mark Hominick no próximo sábado (30), em Toronto.


Lyoto aceita responsabilidade e veta pressão para o UFC 129



Após ser derrotado em suas duas últimas lutas, Lyoto Machida enfrenta a lenda Randy Couture com a obrigação da vitória. Apesar disso, o baiano radicado no Pará aceitou a responsabilidade e disse estar tranquilo para o combate do próximo sábado (30), em Toronto, no Canadá.


Fonte: UOL Esporte e ESPN Brasil

terça-feira, 26 de abril de 2011

Like Water - Documentário sobre Anderson Silva


O documentário Like Water, baseado na história de Anderson Silva, fez o seu début no Tribeca Film Festival em Nova Iorque nesta semana. O filme, que mal foi anunciado pelo festival e teve todos os ingressos esgotados em questão de horas, tem direção de Pablo Croce e foi inspirado em uma frase de Bruce Lee que inspirava os lutadores a serem como água “sem forma definida, mas que se adapta a tudo”.

Anderson Silva participou da première, que aconteceu no dia 21 de abril. “Estamos muito felizes com a repercussão do documentário e com a aceitação do público. Ainda temos muito trabalho pela frente, mas a experiência aqui em Nova Iorque tem sido muito positiva”, disse.

Like Water mostra um lado menos conhecido do lutador: sua rotina de treinamentos, a dedicação ao trabalho, os sacrifícios e o seu relacionamento com amigos e com a família. Sem previsão de estreia no Brasil, o documentário tem produção de Jared Freedman e produção executiva de Ed Soares, Jerome Dahan, Jorge Guimarães e Jared Freedman.

Veja o trailer abaixo:



Fonte: Kuro OBI

"Seja água, meu amigo."

Uma das filosofias do maior mestre das artes marcias

"Be water, my friend." - Bruce Lee

Famosa citação de Bruce Lee dada numa entrevista, que se pode traduzir em: "Não se limite a uma forma, adapte-se e construa a sua própria, e deixá-la crescer, ser como a água. Esvazie a sua mente, ser amorfo, sem forma - como a água. Se você colocar água num copo, ela se torna o copo; Se você coloca água numa garrafa ela se torna na garrafa; se colocá-la num bule de chá, ela torna-se o bule. A água pode fluir ou pode falhar. Seja água, meu amigo."

Veja a entrevista, legendada, abaixo:



A filosofia de Bruce Lee

Embora Bruce Lee seja mais conhecido como um artista marcial, ele também estudou teatro e filosofia, enquanto estava na Universidade de Washington. Estava bem e tinha lido uma extensa quantidade de livros. Seus próprios livros sobre artes marciais e filosofia de combate são conhecidos pelas suas afirmações filosóficas, tanto dentro como fora dos assuntos sobre artes marciais.

Sua filosofia eclética, muitas vezes espelhavam suas crenças, lutas, embora afirmasse que suas artes marciais eram apenas uma metáfora para tais ensinamentos. Acreditava que qualquer conhecimento o leva ao auto-conhecimento, e disse que seu método escolhido foi a auto-expressão das artes marciais. Suas influências incluem o Taoísmo, o Jiddu Krishnamurti, e o Budismo.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O que é o Chessboxing?

Liverdale é a cidade sede do campeonato mundial de Chessboxing


Após 10 anos, Liverdale volta como cidade sede do campeonato Mundial de Chessboxing (ou, numa tradução livre, Boxe-Xadrez).

O Chessboxing embora poucas pessoas saibam foi inventada por Mark Whitaker em Liverdale no ano de 1953.

Nas escolas o esporte faz parte da grade curricular dos alunos e estimula a agir sempre com estratégia não só no esporte, mas também na vida.

O jogo consiste em 11 rounds de dois minutos de boxe, seguidos de quatro minutos de xadrez, com um minuto de descanso entre eles. Para participar, o atleta tem de figurar entre os 1800 melhores jogadores de xadrez da Federação Internacional. O vencedor será declarado por knockout (KO) ou xeque-mate, por decisão dos juízes ou se o tempo de xadrez for excedido. Em caso de empate, a vitória vai para quem começar o jogo com as pedras pretas.

Nascido em Liverdale e hoje com 37 anos, 1,87 metro de altura e 84,5 quilos, o campeão Klaus Mine, concede uma entrevista exclusiva para Richard Dawson’s Creek do Liverdale Post.

Richard Dawson’s Creek - Como o sr. entrou em contato com o Chessboxing?

Klaus Mine – Em Liverdale, essa cidade maravilhosa, é uma tradição o esporte, desde os tempos de escola eu era o primeiro da classe e sempre fui dedicado em meus treinos, meu pai foi campeão mundial em Chessboxing, com certeza minha inspiração veio dele "Michael Mine".



Richard Dawson’s Creek - O que dói mais: um gancho no queixo ou quando um peão come a sua rainha?

Klaus Mine - Depende do resultado. É muito mais fácil suportar a dor quando você venceu a disputa. Mas, às vezes, erros causam sentimentos ruins como dor física.

Richard Dawson’s Creek - E como você consegue se concentrar no xadrez depois de levar um jab no queixo?

Klaus Mine - Grandes erros acontecem logo depois de um rounde de boxe porque o lutador leva toda sua adrenalina para o tabuleiro, mas ali você tem apenas um objetivo, que é encontrar o melhor movimento, e não é saudável forçar demais!



Richard Dawson’s Creek - Qual a reação das pessoas quando você conta que é um "boxenxadrista"? Elas acham curioso, engraçado ou têm outra reação?

Klaus Mine - A maioria fica surpresa, mas quando eu explico, eles gostam da idéia e a maior parte se interessa.

Richard Dawson’s Creek - A soma do boxe com o xadrez deu no Chessboxing. Que esporte você gostaria que inventassem? Tennis-Sudoku? Volley-Tetris? ou 100 metros-War (Aquele de Vladivostok)

Klaus Mine - Alguns anos atrás, as pessoas riram do Curling (aquele da vasourinha no gelo) e hoje é um esporte olímpico, 100 metros-War realmente é algo muito interessante.

O vídeo abaixo, mostra as imagens sobre o esporte, algumas imagens de Liverdale e o ginásio do Hotel Glória:



Fonte: Liverdale Post

domingo, 24 de abril de 2011

Buakaw – A lenda do Muay Thai

Buakaw Por Pramuk

Sombat Banchamek conhecido como Buakaw Por Pramuk (Tailândia, 8 de maio de 1982) é um lutador de Muay Thai. Buakaw, na verdade é seu nome artístico e Por Pramuk é o nome de sua academia. É um costume em seu país local colocar o nome de onde se treina como sobrenome.

Começou a lutar aos oito anos em sua casa província de Surin, no nordeste da Tailândia, onde nasceu, mas aos quinze mudou-se para Bangkok, onde entrou na academia Por Pramuk.


Buakaw treina durante oito horas, de segunda a sábado, na sua academia que fica num local bastante tranqüilo, às margens do Rio Bangpakong.


No K-1 World MAX, venceu lutadores como o japonês Masato (campeão em 2003), e o holandês Andy Souwer (campeão em 2005 e 2007).

Títulos:

Campeão do K-1 World MAX 2006.
Campeão do K-1 World MAX 2004.
Campeão lightweight do Stadium Lumpinee.
Campeão lightweight do Stadium Omnoy.
Campeão Featherweight do Stadium Omnoy.
Campeão Toyota tournamet cup.
Campeão Featherweight Professional Muaythai Authority of Thailand.
Campeão WMC Explosion 2006.
Campeão S-1 Super Welter Weight.

Histórico de lutas:

No Muay Thai: 216 Lutas – 185 Vitórias (46 (T)KO’s), 9 Derrotas, 12 Empates
No K-1 World MAX: 26 Lutas – 22 Vitórias (5 (T)KO’s), 4 Derrotas

Veja o vídeo abaixo e conheça melhor Buakaw Por Pramuk:



Fonte: Quisty

Conheça os benefícios do Muay Thai

Se você está procurando uma atividade física para perder peso e melhorar seu condicionamento físico, aqui vai uma boa dica: pratique o Muay Thai!. O esporte oferece todos os benefícios das atividades físicas, tais como: melhora do condicionamento físico, perda de peso e aumento de resistência muscular. O muay thai é excelente para ajudar a manter a concentração e a auto-estima, além de ser um eficiente meio de defesa pessoal, visto que se baseia em situações reais de luta.


Que tipo de esporte é o Muay Thai?

Traduzido para o português como Boxe Tailandês ou Thai Boxing em inglês, é o esporte nacional da Tailândia, e uma arte marcial cujas origens se encontram nas antigas técnicas de luta do Exército Siamês. Na Tailândia o Muay Thai também é conhecido como Luta da Liberdade ou Arte dos Livres. O principio básico do esporte é trabalhar todo o corpo de forma eficiente, usando golpes com os punhos, cotovelos, joelhos e pés, sempre objetivando finalizar a luta.

Evite Lesões

Para evitar lesões é necessário treinar com todo o equipamento de proteção (luvas, caneleira, bandagem, protetor bucal e protetor de genitais para os homens e de seios para as mulheres) e com professores qualificados e reconhecidos por entidades legais, como federações e confederações.

Quem pode praticar?

Qualquer pessoa pode praticar essa modalidade, apenas é preciso condicionamento físico. O Muay Thai pode ser praticado por pessoas de ambos os sexos, a partir dos 6 anos de idade, até quando estiverem aptos a praticar exercícios físicos.

Existe alguma contra-indicação?

Só ha contra-indicações nos casos em que os médicos especificam a não pratica do esporte -por exemplo, alguém que sofreu um acidente, ou tem problemas sérios na coluna.

Fonte: Quisty

sábado, 23 de abril de 2011

Bruce Lee - A lenda

Bruce Lee (São Francisco, 27 de novembro de 1940 — Hong Kong, 20 de julho de 1973. É considerado o artista marcial mais importante do século XX. Foi o responsável pela popularização dos filmes de Hong Kong no mundo.

Desde cedo Bruce Lee treinava Tai Chi com seu pai e também aprendeu Wing Chun dos 13 aos 18 anos com o famoso mestre Yip Man, no qual foi apresentado ao estilo pelo seu amigo William Cheung em 1954. Anos mais tarde, o próprio William Cheung disse que Bruce Lee evoluiu muito rápido no Wing Chun, ultrapassando em pouco tempo a habilidade de muitos alunos mais antigos. Bruce tinha uma facilidade acima do comum para aprender e executar os movimentos ensinados pelo seu mestre. Como em muitas das escolas de artes marciais na época, os alunos eram ensinados por outros alunos mais graduados. Mas Yip Man começou a treinar Lee em particular após alguns alunos se recusarem a treiná-lo, pelo fato de que sua mãe não era totalmente chinesa (o avô materno de Bruce era alemão e sua avó Chinesa) e a maioria dos chineses naquele tempo recusavam-se a ensinar artes marciais aos ocidentais e aos mestiços.


Após a guerra, Hong Kong era um lugar difícil de se crescer. Havia diversas gangues pelas ruas da cidade e Lee foi muitas vezes forçado a lutar contra elas. Mas Bruce gostava de desafios um contra um e por diversas vezes enfrentou membros dessas gangues. Mesmo com o pedido de seus pais para que ele se afastasse desse cotidiano, pouco adiantou. Devido aos desafios que Bruce venceu as confusões vinham naturalmente até ele.
Aos 18 anos de idade, Bruce Lee foi para os Estados Unidos, com 100 dólares no bolso e 2 títulos de campeão de Boxe de 1957 e 1958 de Hong Kong. Depois de viver em São Francisco por vários meses, ele se mudou para Seattle no outono de 1959, para continuar seus estudos e trabalhou para Ruby Chow como garçom e lavador de pratos em seu restaurante.

Ruby era esposa de um amigo de seu pai. Seu irmão mais velho Peter Lee também acolheu Bruce Lee em Seattle para uma pequena estadia. Em dezembro de 1960, Lee concluiu o ensino médio e recebeu seu diploma da Edison Technical School (agora Seattle Central Community College, localizado em Capitol Hill, Seattle).

Em março de 1961, matriculou-se na Universidade de Washington e estudou filosofia. Também estudou teatro e psicologia. Foi na Universidade de Washington que conheceu sua futura esposa, Linda Emery, com quem se casaria em agosto de 1964.

Bruce teve dois filhos com Linda, Brandon Lee e Shannon Lee.


De todas as partes do corpo que Bruce Lee desenvolveu, os seus músculos abdominais eram os mais espetaculares: sólidos como pedra ao toque, profundamente cortados e altamente definidos. Bruce acreditava que os abdominais eram um dos mais importantes grupos musculares para um artista marcial já que virtualmente todo movimento requer algum grau de trabalho abdominal.


Ele sentia que muitos artistas marciais daqueles dias não tinham aptidão física necessária para acompanhá-lo. A esposa de Lee, Linda Emery, afirma que o seu falecido marido "era um fanático por treinos abdominais. Estava sempre a fazer sit-ups, abdominais, movimentos de cadeira romanos, elevações de perna, e V-ups."

De acordo com algumas notas iniciais de Lee, o seu treino diário abdominal incluía:

Torção de Cintura - quatro séries de 90 repetições.
Sentar para cima (sit-ups) com torções - quatro séries de 20 repetições.
Elevações de perna - quatro séries de 20 repetições.
Torções inclinadas - quatro séries de 50 repetições.
Pontapés em posição de rã - quatro séries de 50 repetições.

A convite de Ed Parker, Lee apareceu em 1964 no Long Beach International Karate Championships para apresentações de suas flexões sobre os dedos (usando o polegar e o dedo indicador). No mesmo evento em Long Beach, também apresentou o famoso "soco de uma polegada".


Seu voluntário para a demonstração do soco foi Bob Baker de Stockton, Califórnia. "Eu disse a Bruce que não faria esse tipo de demonstração de novo", lembrou. "Quando ele me deu um soco da última vez, eu tive que ficar em casa sem trabalhar, porque a dor no peito era insuportável."

Foi em 1964 em um campeonato onde Lee conheceu o mestre de taekwondo, Jhoon Rhee. Os dois desenvolveram uma amizade - uma relação em que ambos se beneficiaram como artistas marciais. Jhoon Rhee ensinou seu chute lateral a Lee, e em retribuição Lee o ensinou o seu "soco telegráfico".

Lee também apareceu em 1967, no Long Beach International Karate Championships e realizou diversas apresentações, incluindo o famoso soco "imparável" contra o campeão mundial de karatê, Vic Moore. Lee disse que ia dar um soco em seu rosto, e tudo o que Moore tinha que fazer era tentar bloqueá-lo. Lee deu alguns passos para trás e perguntou se Moore estava pronto, Moore faz sinal positivo com a cabeça, Lee então deu um soco em linha reta diretamente para o rosto de Moore, e parou antes do impacto. Em oito tentativas, Moore não conseguiu bloquear qualquer dos socos.

O pai de Lee, Hoi-Chuen era um famoso astro da ópera cantonesa. Bruce foi introduzido em filmes em uma idade muito jovem e apareceu em vários curtas ainda em preto-e-branco quando era criança. Lee teve seu primeiro papel ainda como um bebê. Na época em que tinha 18 anos, ele já tinha aparecido em vinte filmes.

Nos Estados Unidos entre 1959 e 1964, Lee abandonou os pensamentos de uma carreira no cinema em favor da dedicação total às artes marciais. William Lee Dozier o convidou para uma audição após assistir uma de suas apresentações de artes marciais. Lee impressionou tanto os produtores com sua agilidade que ganhou o papel de Kato ao lado de Van Williams na série de TV O Besouro Verde. O show durou apenas uma temporada, de 1966 a 1967. Além disso apareceu diversas vezes em participações em várias séries televisivas, incluindo Ironside (1967) e Here Come the Brides (1969). Em 1969, Lee fez uma breve aparição em seu primeiro filme estadunidense Marlowe onde interpretava um capanga contratado para intimidar o detetive particular Philip Marlowe (interpretado por James Garner), esmagando o seu escritório com chutes e socos. Em 1971, Lee atuou em quatro episódios da série de televisão Longstreet como o instrutor de artes marciais do personagem principal Mike (interpretado por James Franciscus).

De acordo com declarações feitas por Bruce Lee, e também por Linda Lee após a morte de Bruce, em 1971, Bruce lançou uma série de televisão de sua autoria intitulado "A Warrior", discussões que também foram confirmados pela Warner Bros. Segundo Cadwell, no entanto, a ideia de Lee foi adaptada e rebatizada de Kung Fu, mas a Warner Bros não lhe deu nenhum crédito. Em vez disso o papel do monge Shaolin do Velho Oeste, foi dado ao então não-artista marcial David Carradine pelo medo de um heroi chinês não agradar ao público.

Não estando satisfeito com seus papéis de apoio nos EUA, Lee retornou para Hong Kong. Sem saber que "O Besouro Verde" tinha sido exibido e feito muito sucesso em Hong Kong sendo oficialmente chamado de "O Show do Kato", foi surpreendido ao ser reconhecido na rua como a "estrela" do show. Então lhe foi oferecido um contrato de cinema pelo lendário diretor Raymond Chow para estrelar dois filmes produzidos por sua produtora Golden Harvest. Lee atuou seu primeiro papel principal em O Dragão Chinês (1971) que foi um enorme sucesso de bilheteria em toda a Ásia e o lançou ao estrelato. Logo em seguida atuou em A Fúria do Dragão (1972) que quebrou os recordes de bilheteria anteriormente estabelecidos pelo Dragão Chinês. Tendo terminado o seu primeiro contrato de dois anos, Lee negociou um novo contrato com a Golden Harvest. E depois formou sua própria companhia Concord Productions Inc, com Chow. Para o seu terceiro filme, O Vôo do Dragão (1972), foi dado o controle completo de produção do filme como o escritor, diretor, astro e coreógrafo das cenas de luta. Em 1964, em uma demonstração em Long Beach, Califórnia, Lee tinha encontrado o campeão de Karate Chuck Norris. Em O Vôo do Dragão, Lee e Norris apresentam aos espectadores uma luta final em pleno Coliseu, de Roma que é considerada uma das mais memoráveis da história dos filmes de luta.


No final de 1972, Lee começou a trabalhar em seu quarto filme, O Jogo da Morte. Começou a filmar algumas cenas, incluindo sua sequência de luta com a estrela do basquete estadunidense Kareem Abdul-Jabbar de 2,18m, um ex-aluno.


A produção foi interrompida quando a Warner Brothers ofereceu a oportunidade de Lee estrelar em Operação Dragão, o primeiro filme a ser produzido em conjunto pela Golden Harvest e Warner Bros. Este filme seria o foguete de Lee para a fama na Europa e nos Estados Unidos, no entanto, apenas alguns meses após a conclusão do filme e 6 dias antes do seu lançamento 26 de julho de 1973, Lee morreu misteriosamente.

Posteriormente, Operação Dragão se tornaria uma das maiores bilheterias do ano e Lee uma lenda das artes marciais. Foi feita com o custo de $ 850.000 em 1973 (equivalente a US $ 4 milhões). Até à data, Operação Dragão arrecadou mais de $ 200 milhões no mundo inteiro. O filme provocou uma febre pelas artes marciais, simbolizadas em canções como "Kung Fu Fighting" e programas de TV como o Kung Fu.


Robert Clouse, o diretor de Operação Dragão, e Raymond Chow tentou terminar O Jogo da Morte, filme incompleto que Lee também foi escalado para escrever e dirigir. Lee tinha feito mais de 100 minutos de gravação, incluindo outtakes, para o Jogo da Morte antes da ser filmagem interrompida para lhe permitir trabalhar em Operação Dragão. Além de Abdul-Jabbar, George Lazenby, mestre de Hapkido Ji Han Jae Lee e outro praticante, Dan Inosanto também apareceram no filme.

Em 10 de Maio de 1973, Lee desmaiou no estúdio Golden Harvest, enquanto fazia o trabalho de dublagem para o filme Operação Dragão. Ele sofreu convulsões e dores de cabeça e foi imediatamente levado para um hospital de Hong Kong, onde os médicos diagnosticaram edema cerebral. Eles foram capazes de reduzir o inchaço com a administração de manitol. Esses mesmos sintomas que ocorreram em seu primeiro colapso depois foram repetidos no dia da sua morte.

Em 20 de julho de 1973, Lee foi a Hong Kong, para um jantar com o ex-James Bond George Lazenby, com quem pretendia fazer um filme. Segundo sua esposa, Linda Lee, Lee encontrou o produtor Raymond Chow às 2 da tarde em casa, para discutir a realização do filme Jogo da Morte. Eles trabalharam até as 4 da tarde e depois dirigiram juntos para a casa da colega Lee Betty Ting, uma atriz de Taiwan. Os três passaram o script em casa e, em seguida Chow se retirou.

Mais tarde, Lee se queixou de uma dor de cabeça, e Ting deu-lhe um analgésico, Equagesic, que incluía aspirina e um relaxante muscular. Cerca de 7:30 da noite, foi se deitar para dormir. Quando Lee não apareceu para jantar, Chow chegou ao apartamento, mas não viu Lee acordado. Um médico foi chamado, que passou dez minutos tentando reanimá-lo antes de enviá-lo de ambulância ao hospital. Lee foi dado como morto no momento em que chegou ao hospital.

Não houve lesão externa visível, porém de acordo com relatórios da autópsia, o seu cérebro tinha inchado consideravelmente, passando de 1.400 a 1.575 gramas (um aumento de 13%). Lee tinha 32 anos. A única substância encontrada durante a autópsia foi Equagesic. Em 15 de outubro de 2005, Chow declarou em uma entrevista que Lee morreu de hiperalergia ao relaxante muscular "Equagesic", que ele descreveu como um ingrediente comum em analgésicos. Quando os médicos anunciaram a morte de Lee oficialmente, o país considerou uma enorme "desgraça".

A controvérsia ocorreu quando o Dr. Don Langford, que foi médico pessoal de Lee em Hong Kong e o havia tratado durante seu primeiro colapso acreditava que o "Equagesic não foi único remédio envolvido no primeiro colapso de Bruce."

No entanto o professor RD Teare, um cientista forense da Scotland Yard que supervisionou mais de 1000 autópsias, foi o perito superior designado para o caso Lee. Sua conclusão foi que a morte foi causada por um edema cerebral agudo devido a uma reação aos compostos presentes na prescrição de remédios como o Equagesic.

Sua esposa Linda voltou para sua cidade natal, Seattle, e foi enterrado no lote 276 do Cemitério Lakeview. Seu caixão foi carregado no funeral, em 31 de julho de 1973, por Taky Kimura, Steve McQueen, James Coburn, Chuck Norris, George Lazenby, Dan Inosanto, Peter Chin, e seu irmão Robert Lee.


A morte de Lee ainda é um tema de controvérsia.


Fonte: Pimenta no Olho

Dan Severn se oferece para enfrentar Royce Gracie no UFC Rio

Além de Severn, o veterano Art Jimmerson quer enfrentar o faixa-preta brasileiro dia 27 de agosto, no Rio de Janeiro

O faixa-preta Royce Gracie já anunciou em diversas oportunidades o desejo de encerrar sua carreira de lutador profissional na edição do UFC no Brasil, dia 27 de agosto, no Rio de Janeiro. Agora, com a possibilidade do retorno do primeiro campeão do evento, diversos adversários já se ofereceram para enfrentar Royce.

O veterano Dan Severn, que assim como o Gracie é membro do Hall da Fama do Ultimate, se ofereceu para encarar o brasileiro, revivendo a final do torneio do UFC 4, realizado em 1994. Na oportunidade, o Royce finalizou o norte-americano com um justo triângulo em quase 16 minutos de duelo.

"Royce anunciou publicamente sua intenção de participar do UFC no Brasil, Dan Severn está, oficialmente, lançando o desafio contra ele", disse o lutador, que tem um impressionante cartel de 99 vitórias, 16 derrotas e sete empates.

Outro atleta que revelou a vontade de encarar o Gracie é Art Jimmerson, pugilista que enfrentou Royce na primeira edição do UFC. O norte-americano, de 44 anos, que desde a primeira edição do Ultimate, em 1993, não luta profissionalmente afirma que será mais agressivo em uma possível revanche.

"Desta vez serei mais agressivo. Royce não ditará as regras da luta. Eu não vou permitir que ele leve (a luta) para o chão", disse o pugilista ao site britânico Full Mount MMA.

O UFC 134, que também leva o nome de UFC Rio, será realizado dia 27 de agosto, no HSBC Arena, na capital carioca. Confira abaixo as lutas já agendadas para o evento:

Anderson Silva x Yushin Okami (disputa do cinturão dos pesos médios)
Maurício Shogun x Forrest Griffin
Thiago Tavares x Spencer Fisher
Luiz "Banha" Cané x Stanislav Nedkov


Fonte: iG Esporte

Yahoo Sports aponta Anderson Silva como maior da história; Jones diz que pode vencê-lo

O brasileiro Anderson Silva está mesmo em alta no UFC. Depois de não dar nenhuma chance a Vito Belfort e manter o cinturão dos pesos médios, o Spider viu o site Yahoo Sports dar cinco razões para elegê-lo como um dos maiores lutadores da história, superando nomes como Royce Gracie, Tito Ortiz, Chuck Liddell e Randy Couture, citados pelo próprio site.

A primeira razão elencada é a sequência de Anderson Silva, que não perde desde 2006. São 13 vitórias seguidas, sendo oito delas defesas de cinturão. Os números são recorde na história do UFC. Para melhorar ainda mais, a última vez em que o Spider foi batido, foi por eliminação graças a um golpe ilegal. Com isso, a última 'derrota real' foi então em dezembro 2004.

Em seguida, o Yahoo Sports coloca os adversários de Anderson como uma das razões para considerá-lo o melhor da história. A sequência de vitórias veio contra os melhores da categoria, e não com lutadores fracos. O Spider bateu nomes como Dan Henderson, Nate Marquardt, Vitor Belfort, Chael Sonnen, Forrest Griffin e Rich Franklin, este ultimo por duas vezes.


O terceiro ponto é a dominância de Anderson em suas lutas. O site ressalta que o brasileiro teve dificuldades em poucos combates, geralmente despachando os oponetes com muita facilidade. A forma como o Spider ganhou o cinturão, batendo Franklin ainda no primeiro round é exaltada.

A quarta razão é chamada de 'Adversidades e Versatibilidade'. O Yahoo aponta a facilidade de Anderson Silva mudar o seu plano de luta para bater os rivais conforma a necessidade que eles mostram. Contra Sonnen, por exemplo, o brasileiro foi dominado, mas acabou encontrando uma forma de vencer com um triângulo. Assim também foi contra Lutter, que dificultou o confronto, mas acabou finalizado. Segundo o site, o Spider sempre acha um jeito de bater o rival. Apesar de ser reconhecido pelas trocações, ele é faixa preta em jiu-jitsu, tem uma boa defesa e muito mais.

Para fechar, o site fala sobre as habilidades de Anderson, que 'pode fazer coisas no octógono que os outros lutadores simplesmente não podem'. Os maiores exemplos são os nocautes contra Vitor Belfort, com um chute na cara, e contra Forrest Griffin, com um soco em contra-ataque brilhante.



Jones pode vencer? - O campeão dos meio-pesados, Jon Jones, já demonstrou respeito a Anderson por diversas vezes e chegou a chamá-lo de lenda viva. Mas nem por isso ele acredita que não possa vencer um possível duelo entre os dois, apesar de dizer que não enfrentaria o Spider neste momento.


"Não me vejo lutando contra o Anderson agora. Ele é um cara que vejo com estilo do Bruce Lee. Eu precisaria de uma análise profunda para encontrar alguma forma de vencê-lo, mas acho que tenho capacidade de batê-lo. Mas eu realmente o admiro muito", afirmou Jones. "Meu objetivo é chagar ao nível que entro no octógono e nem perco tempo processando meus pensamentos, só me movo, como se meu corpo pensasse. E eu acho que Anderson está muito perto deste nível", completou.

A luta entre Jones e Anderson é uma das mais esperadas no UFC, mas pode nunca acontecer. Isto porque o brasileiro é de uma categoria abaixo e já disse que não tem interesse de mudar seu peso.

Fonte: ESPN Brasil

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Aprenda alguns bons movimentos para o seu Jiu-Jitsu

Alex Crispim era figura marcada nas principais competições de Jiu-Jitsu, caminho que segue no MMA, em organizações como o Strikeforce. O GracieMag na Califórnia, com a Crispim BJJ Barra Brothers, o faixa-preta tem a meia-guarda como uma das especialidades.

No vídeo abaixo, numa série de movimentos, defenda o joelho na meia-guarda, passe para as costas do oponente e escolha as opções: estrangulamento ou armlock.

Veja o vídeo abaixo e bons treinos:



Fonte: GracieMag Brasil

terça-feira, 19 de abril de 2011

O curioso esporte chamado Sumô

O Sumô (相撲) é um esporte muito curioso, onde dois enormes lutadores que chegam a pesar até 280kg se enfrentam com objetivo de derrubar ou por para fora do ringue o adversário. É esporte nacional do Japão que teve origem naquele país há cerca de 15 séculos. Mas será mesmo?

Coincidência ou não, alguns achados arqueológicos indicam que o sumô está, de alguma forma ligado à Bíblia:

"Ficando ele só; e lutava com ele um homem, até o romper do dia." (Gn 32:24)

Sim, o versículo acima refere-se ao acontecimento no vau de Jaboque, quando Jacó, depois de muitos anos, votava para a casa. (ver a última postagem). Veja abaixo, algumas observações:

  • Foi achada uma estátua da era mesopotâmica (data de 1600a.C.) com detalhe de dois homens se enfrentando. - foi achado no Japão, um vaso (séc. VI) com detalhes semelhantes à estátua mesopotâmica;
  • Segundo um especialista, a definição de Sumô é: "agir com Deus";
  • Etimologicamente, a palavra sumô, em japonês, não tem significado algum, mas, ao abrir Gn 25:26 da Bíblia em hebraico, aparece o termo SheMo, referindo-se a Jacó;
  • A luta começa quando o juiz brada: hakke-yoi, que segundo os japoneses, é apenas um grito de guerra, sem nenhum significado. - Em hebraico, HaKeH YoHY significa empurre-o e vença-o, respectivamente - palavras que caem como luvas à luta de sumô.
  • Segundo o ritual de sumô, jogar sal no ringue, significa purificar o local de luta. Em Nm 18:19, o sal é apresentado como aliança perpétua entre Deus e o povo israelita.
  • No ringue há uma delimitação circular. - Na cultura judaica, a circunferência representa lugar sagrado, onde se mantém contato com Deus.
  • Na província de Ehime, no Japão é realizado hitori-sumô (sumô solitário). Dizem os competidores que é luta com espírito sagrado.
  • Durante o treinamento, os lutadores de sumô exercitam-se golpeando um poste de madeira. Em Dt 16:21, aparece o detestável poste-ídolo, cujo nome era Aserá; algumas traduções grafam Asherá. A palavra poste em japonês é hashirá.

Veja o documentário produzido pela TV japonesa:



Fonte: http://gloria-aleluia.blogspot.com/

terça-feira, 12 de abril de 2011

A beleza das artes marciais

Precisando de inspiração em sua vida?

Artes Marciais sempre foram conhecidas pelo seu potencial letal, sua capacidade de neutralizar um inimigo e vencer um combate homem a homem, e algumas vezes até contra armas de fogo, facas e bastões.

Mas os tempos mudam, as artes marciais vieram perdendo sua real necessidade para os humanos simples, e acabaram trazendo uma abordagem mais artística, esportiva e recreativa. A verdade é que uma pessoa normal, raramente vai passar por mais de 3 situações de briga na vida, e que se a pessoa der muito azar umas 6 situações inevitáveis, obviamente não me refiro os brigões de plantão na porta das casas noturnas.

Todo esse texto é para mostrar o vídeo abaixo, sem que exista um critério de julgamento deturpado, como "no UFC eles não durariam 1 minuto", não é esse o objetivo do treino deles. Esse vídeo é uma belíssima peça das artes marciais trazendo um pouco das formas, estilos, e movimentos das mais variadas artes marciais, e os caras são muito bons. São dubles que além da parte dos filmes, levam seu treinamento muito a sério, e um lado espiritual muito firme.

A mensagem final do vídeo é inspiradora: "Diga: Eu quero mudar, eu quero uma vida melhor, então vá em frente e faça algo. Você vai conseguir."

Movie-Do - Treinamento Motivacional Alinhado



"Movie-do é igual a inspiração mais motivação para uma vida melhor, para a saúde e um espírito positivo. Nós abraçamos a antigas filosofias das artes marciais como linhas de orientação para nossas carreiras e vidas. Paixão é a nossa fonte, perfeição é o nosso objetivo. Belas imagens, corpos poderosos e movimentos graciosos. Esta é a nossa única combinação como primeira equipe profissional de artes marciais da Alemanha especializada em todos os tipos de coreografia de luta para cinema e TV."

Fonte: Kuro OBI

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Novo vídeo de Anderson Silva treinando com Rafael Cordeiro nos EUA

Um novo vídeo divulgado na internet mostra cenas inéditas de Anderson Silva na Kings MMA.

O campeão do UFC está nos EUA e aproveitou para visitar a academia de Rafael Cordeiro e treinar com feras como Fabricio Werdum, Renato Babalu, André Dida, entre outros.

No vídeo, que você assiste abaixo, Anderson faz um sparring com Werdum e dá alguns conselhos ao peso pesado que atua no Strikeforce.



Anderson diz que assiste e estuda suas próprias lutas frequentemente, enquanto Brock e outros admitem que dificilmente fazem isso. Não é à toa que o "Aranha" vem fazendo a diferença no MMA.


Fonte: ESPN Brasil

sábado, 9 de abril de 2011

Conheça melhor "Sun Tzu"

Vocês devem ter visto esse nome em diversos sites, livros e eventos literários. Quem alguma vez foi na Bienal do Livro já deve ter visto inúmeros exemplares desse grande pensador. Hoje falarei sobre "Sun Tzu".


Sun Tzu foi um general chinês que viveu no século IV a.C. e que no comando do exército real de Wu acumulou inúmeras vitórias, derrotando exércitos inimigos e capturando seus comandantes. Foi um profundo conhecedor das manobras militares e escreveu A ARTE DA GUERRA, ensinando estratégias de combate e táticas de guerra. Uma das histórias mais repetidas sobre Sun Tzu descreve o modo pelo qual ele empregava as "concubinas" para demonstrar, no palácio, ao rei, exemplos de manobras de combate e deslocamentos de tropas.

A Arte da Guerra

É um tratado militar escrito durante o século IV a.C. pelo estrategista conhecido como Sun Tzu. O tratado é composto por treze capítulos, onde em cada capítulo é abordado um aspecto da estratégia de guerra, de modo a compor um panorama de todos os eventos e estratégias que devem ser abordados em um combate racional. Acredita-se que o livro tenha sido usado por diversos estrategistas militares através da história como Napoleão, Zhuge Liang, Cao Cao, Takeda Shingen, Vo Nguyen Giap e Mao Tse Tung.

Desde 1772 existem edições européias (quatro traduções russas, uma alemã, cinco em inglês), apesar de serem consideradas insatisfatórias. A primeira edição ocidental tida como uma tradução fidedigna data de 1927.
A Arte da Guerra foi traduzido para o português por Caio Fernando Abreu e Miriam Paglia (1995).
Apesar da antiguidade da obra, nenhuma obra ou tratado é tão compreensível e tão atual quanto A Arte da Guerra.
Com seu caráter sentencioso, Sun Tzu forja a figura de um general cujas qualidades são o segredo, a dissimulação e a surpresa.

Hoje, A Arte da Guerra parece destinado a secundar outra guerra: a das empresas no mundo dos negócios. Assim, o livro migrou das estantes dos estrategistas para as do economista e do administrador.
Embora as táticas bélicas tenham mudado desde a época de Sun Tzu, esse tratado teria influenciado, segundo a Enciclopédia Britânica, certos estrategistas modernos como Mao Tse-Tung, em sua luta contra os japoneses e os chineses nacionalistas.
Inclusive encontra-se nos escritos militares de Mao-Tse-Tung citações do livro A Arte da Guerra de Sun Tzu.
O general brasileiro Alberto Mendes Cardoso chamou o livro do Sun Tzu de clássico militar.

Veja algumas citações do livro:

  • "A invencibilidade está na defesa; a possibilidade de vitória, no ataque. Quem se defende mostra que sua força é inadequada; quem ataca, mostra que ela é abundante."
  • "Existem cinco fatores que permitem que se preveja qual dos oponentes sairá vencedor:
  • aquele que sabe quando deve ou não lutar;
  • aquele que sabe como adotar a arte militar apropriada de acordo com a superioridade ou inferioridade de suas forças frente ao inimigo;
  • aquele que sabe como manter seus superiores e subordinados unidos de acordo com suas propostas;
  • aquele que está bem preparado e enfrenta um inimigo desprevenido;
  • aquele que é um general sábio e capaz, em cujas decisões o soberano não interfere."
  • "A água não tem forma constante. Na guerra também não existem condições constantes. Por isso pode-se dizer que é divino aquele que obtém uma vitória alterando as suas táticas em conformidade com a situação do inimigo."
  • "Dos cinco elementos, nenhum é predominante; das quatro estações nenhuma dura para sempre; os dias, uns são longos, outros curtos; a Lua enche e míngua."
  • "Aquele que conhece o inimigo e a si mesmo lutará cem batalhas sem perigo de derrota;para aquele que não conhece o inimigo, mas conhece a si mesmo, as chances para a vitória ou para a derrota serão iguais;aquele que não conhece nem o inimigo e nem a si próprio, será derrotado em todas as batalhas"
  • "Evitar guerras é muito mais gratificante do que vencer mil batalhas - Sun tzu (孫子)"

Eu tenho a versão "de bolso" da Martin Claret (a mesma da última imagem postada acima) e uma versão especial "Os Documentos Perdidos" de Sun Pin (bisneto de Sun Tzu). Esses livros são muito bons para uma "formação" ideológica, para você ter uma visão mais apurada de situações cotidianas. É um livro muito indicado para meus amigos da área de Comunicação Social (Publicitários, Editores, Jornalistas, Produtores, Radialistas...). Os ensinamentos desses livros podem ser usados em qualquer área. Absorva o que os livros oferecem de melhor para você!

Bom, apesar de ser muito barato uma versão de bolso, eu sei que tem uns preguiçosos que gostam de pegar versão "e-book". Vou colocar aqui algumas opções de download:


Fonte: Nicolas Queiros

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Você não conhece o Jiu-Jitsu e sua movimentação?


Se você ainda não conhece o jiu-jitsu e seus movimentos, mostre este vídeo abaixo para os amigos, pais e filhos e convoque sua turma para conhecer a academia de jiu-jitsu mais próxima o quanto antes.



E para mais informações, leia a história dessa arte milenar (que desenvolveu-se no Japão, mas aperfeiçoou-se aqui no Brasil) e visite o site da Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu.

História do Jiu-Jitsu

Segundo alguns historiadores o jiu-jitsu ou "arte suave", nasceu na Índia e era praticado por monges budistas. Preocupados com a auto defesa, os monges desenvolveram uma técnica baseada nos princípios do equilíbrio, do sistema de articulação do corpo e das alavancas, evitando o uso da força e de armas. Com a expansão do budismo o jiu-jitsu percorreu o Sudeste asiático, a China e, finalmente, chegou ao Japão, onde desenvolveu-se e popularizou-se.

A partir do final do século XIX, alguns mestres de jiu-jitsu migraram do Japão para outros Continentes, vivendo do ensino da arte marcial e das lutas que realizavam.

Esai Maeda Koma, conhecido como Conde Koma, foi um deles. Depois de viajar com sua trupe lutando em vários países da Europa e das Américas, chegou ao Brasil em 1915 e se fixou em Belém do Pará, no ano seguinte, onde conheceu Gastão Gracie. Pai de oito filhos, cinco homens e três mulheres, Gastão tornou-se um entusiasta do jiu-jitsu e levou o mais velho, Carlos, para aprender a luta com o japonês.

Franzino por natureza, aos 15 anos, Carlos Gracie encontrou no jiu-jitsu um meio de realização pessoal. Aos 19, se transferiu para o Rio de Janeiro com a família e adotou a profissão de lutador e professor dessa arte marcial. Viajou para Belo Horizonte e depois para São Paulo, ministrando aulas e vencendo adversários bem mais fortes fisicamente. Em 1925, voltou ao Rio e abriu a primeira Academia Gracie de Jiu-Jitsu. Convidou seus irmãos Oswaldo e Gastão para assessorá-lo e assumiu a criação dos menores George, com 14 anos, e Hélio,com 12.

Desde então, Carlos passou a transmitir seus conhecimentos aos irmãos, adequando e aperfeiçoando a técnica à compleição física franzina característica de sua família.

Também transmitiu-lhes sua filosofia de vida e conceitos de alimentação natural, sendo um pioneiro na criação de uma dieta especial para atletas, a Dieta Gracie, transformando o jiu-jitsu em sinônimo de saúde.

De posse de uma eficiente técnica de defesa pessoal, Carlos Gracie viu no jiu-jitsu um meio para se tornar um homem mais tolerante, respeitoso e autoconfiante. Imbuído de provar a superioridade do jiu-jitsu e formar uma tradição familiar, Carlos Gracie lançou desafios aos grandes lutadores da época e passou a gerenciar a carreira dos irmãos.

Enfrentando adversários 20, 30 quilos mais pesados, os Gracie logo adquiriram fama e notoriedade nacional. Atraídos pelo novo mercado que se abriu em torno do jiu-jitsu, muitos japoneses vieram para o Rio, porém, nenhum deles formou uma escola tão sólida quanto a da Academia Gracie, pois o jiu-jitsu que praticavam privilegiava as quedas e o dos Gracie, o aprimoramento da luta no chão e os golpes de finalização.

Ao modificar as regras internacionais do jiu-jitsu japonês nas lutas que ele e os irmãos realizavam, Carlos Gracie iniciou o primeiro caso de mudança de nacionalidade de uma luta, ou esporte, na história esportiva mundial. Anos depois, a arte marcial japonesa passou a ser denominada de jiu-jitsu brasileiro, sendo exportada para o mundo todo, inclusive para o Japão.

Fonte: Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu

Bruce Lee e uma importante lição de Jiu-Jitsu e defesa pessoal


Num de seus filmes, de 1971, o ícone da pancadaria Bruce Lee defende-se da chave de braço de um opositor de uma maneira, digamos, cinematográfica.



Descontando a galhofa própria dos filmes de ação, o que Bruce Lee nos ensina com essa cena? Ensina, entre outras lições, que a chave de braço precisa ser treinada repetidamente para ficar ajustadíssima. Caso contrário, numa situação real de briga, uma brecha será suficiente para seu opositor se defender, com unhas e dentes. Mais dentes do que unhas, no caso.

“Sempre ensinamos na academia que, em primeiro lugar, mordida não ganha luta”, reforça nosso GMA Guilherme Valente, da Gracie Miami. “Agora, para o praticante eliminar o risco da mordida, o mais importante é o treino ser sempre voltado para a defesa pessoal. Esse é o nosso objetivo principal. Nós ensinamos e treinamos com esse enfoque. Da mesma forma que um competidor pensa na pontuação referente a cada posição, nós nos concentramos nas possíveis vulnerabilidades, como a mordida, de cada movimento”.

Valente conclui então: “A chave de braço numa briga de rua deve ser feita sempre de forma rápida e decisiva. Uma perna deve estar sempre encaixada no pescoço do agressor, logo abaixo do queixo, e a outra sobre o peito. É importante lembrar que os reflexos de um leigo durante uma briga são completamente diferentes do que de um praticante de Jiu-Jitsu.”

Lembre-se de Bruce Lee portanto. Converse com seu professor de Jiu-Jitsu sobre como cada golpe se adequa a situações de defesa pessoal, e seja um praticante mais completo.

Fonte: GracieMag Brasil

Fatos e lendas sobre os Berserkers

Por Prof. Johnni Langer


Os Vikings foram os mais famosos guerreiros da Idade Média. Famosos por suas empreitadas pelo mar, seja atacando vilas e mosteiros pela Europa ou navegando para fins pacíficos de comércio ou colonização em outras partes do mundo. No tocante à guerra, além de seu conhecido navio (popularmente chamado de drakkar, dragão), uma arma tecnológica que lhes concedeu vantagem sobre os outros povos, os especialistas acreditam que eles tiveram outro importante elemento que explicaria seu imenso sucesso nas batalhas. Trata-se dos guerreiros de elite conhecidos pela designação de berserker.


Existem duas explicação atuais para este nome. A mais coerente diz que seria “camisa de urso” (do nórdico bear), e a outra “sem camisa” (do nórdico bare). Seja como for, talvez as duas possam ter coerência mútua. A ligação com o urso provém do simbolismo e da importância deste animal para as tribos de origem germânica, desde a antiguidade. E a segunda explicação, sem camisa, refere-se ao fato dos berserkers não usarem nenhuma proteção nas batalhas, como veremos a seguir.

A principal característica dos berserkers seria sua fúria incontrolável e assassina. Muito antes dos Vikings, um cronista latino chamado Tácito já se referia a guerreiros entre os germanos que possuíam estas características, que aliás, eram muito louvadas por sociedades que dependiam totalmente da guerra para sobreviver.

Desde o século 18 os estudiosos tentam explicar esse comportamento frenético dos berserkers (chamado de berserkergang). Uma das mais populares, principalmente após os anos 1960, era a de que utilizavam alucinógenos (o cogumelo Fly acaris, por exemplo, comum entre os xamãs da Lapônia) ou bebidas alcoólicas. Testes químicos e experimentos com voluntários reproduzindo situações de batalha concluíram que os efeitos colaterais derivados da ingestão destes produtos (náuseas, vômitos, tonturas), em vez de ajudar, acabaram prejudicando as ações humanas. Atualmente, portanto, são teorias descartadas.


Mas afinal, o que ocasionava o furor destes soldados medievais? As respostas vieram principalmente de duas explicações, relacionadas entre si. A primeira é relacionada ao culto do antigo deus Odin (ver Box). Segundo o cronista islandês Snorri Sturluson, os berserkers eram devotados fiéis à esta divindade. Seria, portanto, a sua fé em um deus xamânico, que privilegia a magia, o êxtase e a metamorfose humana em animais, que explicaria esse comportamento: “os homens de Odin avançam para as frentes sem armaduras, onde tão loucos como cachorros ou lobos, mordem seus escudos, e são tão fortes quanto ursos ou bois selvagens e matam pessoas com um golpe, mas nem o ferro nem o fogo os detém”, na famosa descrição de Snorri da Saga dos Ynglingos (escrita no século 13 d.C.). Escolhendo como totem pessoal o urso ou lobo (no caso dos guerreiros chamados de Úlfhedinn), estes guerreiros cultuariam a Odin através de danças e rituais portando máscaras animais e armamentos. Várias placas-amuletos encontradas na Escandinávia mostram cenas de homens vestindo peles (inclusive cabeças de lobo) e dançando numa espécie de êxtase. Outra fonte, escrita pelo imperador bizantino Constantino II (Livro das cerimônias), descreve uma “dança gótica” de soldados com peles e máscaras animais, realizada por membros da guarda varangiana. Esta tropa consistia de mercenários suecos que prestavam serviço em Constantinopla (Bizâncio).

A teoria da possessão espiritual também encontra eco em outras fontes literárias da Escandinávia. Na Saga dos Volsungos, de caráter lendário, o pai do famoso herói Sigurd (o Siegfried alemão), Sigmund e seu outro filho Sinflioti, em dado momento da narrativa agem como lobos, habitando uma floresta e até assassinando pessoas. Isso parece coincidir com o comportamento do guerreiro Bovdar Bjarki (descrito na Saga de Hrolf), que trabalhava para o rei Kraki da Dinamarca. Quando ele saia para o campo de batalha, transformava-se em um imenso urso, enquanto sua forma humana ficava em casa e parecia dormir. Isso está relacionado ao hamr (alma, forma) e a fylgja (forma espiritual que acompanha cada humano). Na religiosidade Viking, a hamr de um ser humano poderia se transformar em um animal e também estava relacionada à crença nos lobisomens (hamrammr, homens que viram lobos).

A segunda explicação para o frenesi dos berserkers e em consequência, no seu sucesso perante as batalhas, advém de causas puramente psicológicas. O pesquisador Peter Woodward, no programa Conquista da BBC, testou essa teoria. Em primeiro lugar, o tipo de equipamento mais usado por estes guerreiros era o machado, uma arma somente de ataque e sem defesa operacional, como a espada. Um soldado na frente de batalha, sem nenhum tipo de proteção (armadura ou escudo), gritando, urrando, dançando e atirando o próprio corpo contra os inimigos sem nenhum medo, causa um efeito psicológico devastador: é a agressão em estado puro, terrivelmente assustadora. Esse estilo suicida extremista fez os berserkers entrarem para a história da guerra.


Até agora só examinamos estes guerreiros no campo de batalha. Mas e na sociedade Viking? Qual o seu papel? Por um lado, eles eram admirados e muito requisitados. Faziam parte da guarda real de muitos reinos da Escandinávia e até de tropas de elite no exterior, como foi o caso de Bizâncio, como já comentamos ou na atual Rússia. Todas as expedições de pirataria ou em exércitos com formações maiores, contavam com grupos de berserkers, prontos para a ação. Para o referencial da elite aristocrática, eles eram muito valorosos e necessários, atingindo um status privilegiado na sociedade. Mas para o camponês, o pequeno proprietário ou fazendeiro do tempo da Escandinávia Viking, eles representavam coisas muito ruins. Loucos, agressivos, perigosos, com excessos sexuais, enfim, vários elementos presentes nas Sagas mostram esse outro lado que encontravam na sociedade. Por serem psicologicamente instáveis, muitas vezes eram de poucas amizades, em outras ocasiões eram banidos das pequenas comunidades (especialmente depois de assassinatos). Um caso exemplar é o relatado na Saga de Egil Skallagrímsson (ver Box, Vikings famosos). Vindo de uma família de berserkers (o pai: Skallagrím, careca feia, e o avô, Kveldi-Úlf, lobo do entardecer), Egil acabou tendo uma vida muito violenta. Em certa ocasião, já em sua casa e sem nenhum motivo aparente, foi tomado por um frenesi descontrolado, matando a criada após atacar o filho. Percebemos, então, que os berserkers ficavam possessos não somente em batalhas, sendo temidos também pelos próprios Vikings.

Estes intrépidos guerreiros deixaram seu legado para a história, sendo hoje um nome associado ao furor no inglês moderno (berserk) e integrante de romances, jogos de vídeo game, quadrinhos e desenhos japoneses, além de várias produções cinematográficas. Alguns destes filmes são a comédia Erik, o Viking, onde o ator Tim McInnemy interpreta o humorado e alucinado Sven, ou a produção Berserker, ainda inédita no Brasil. Os Vikings certamente ainda irão proporcionar muitos momentos de inspiração para a arte e o imaginário.

O culto a Odin

Odin foi a principal divindade dos guerreiros e aristocratas, sendo um deus da poesia, da morte, das batalhas e da magia. Perdeu um dos olhos para obter mais conhecimento mágico. Andava sempre com dois lobos e dois corvos ao seu lado, além de sua lança Gungnir. Um dos rituais para Odin envolvia periodicamente a imolação de prisioneiros de guerra, geralmente enforcados (em referência a seu auto-sacrifício na árvore Yggdrasill) ou espetados com lanças. O principal local de seu culto parece ter sido a ilha de Gotland, no báltico sueco, com centenas de estelas funerárias representando símbolos e imagens relacionados ao Valhala, além de esculturas reproduzindo Odin em seu cavalo Sleipnir. O seu nome também estava associado ao furor no nórdico (Ódr) quanto no germânico antigo (Wodan) e somado ao fato da crença de que os melhores que morressem em batalha iriam servir a Odin em seu palácio (Valhalla), explica tanto a devoção quanto o frenesi nas guerras.

Técnicas de guerra entre os Vikings

As táticas militares utilizadas normalmente em unidades pequenas (a exemplo do “partindo como um Viking”, os ataques surpresas pelo mar), previam o uso da oportunidade e detalhado conhecimento sobre o inimigo. Uma empreitada bem sucedida requeria boa inteligência, segurança e coragem. A estratégia da guerrilha, desta maneira, foi utilizada com eficiência pelos Vikings em situações que envolviam poucas pessoas. Segundo o historiador Paddy Griffith, as chaves do sucesso para operações nórdicas teriam sido: operações com escassos feridos no ataque, mobilidade e rapidez na sua execução e armamento.

Vikings famosos

Um dos mais famosos foi Egil Skallagrímsson, que encarnou todos os protótipos e contradições de um nórdico: poeta, pirata, fazendeiro, mercador, guerreiro e mercenário. Com a idade de 6 anos matou um garoto vizinho com o machado de seu pai, seu primeiro assassinato de uma longa série. Tornou-se um famoso aventureiro e pirata a serviço do rei Athelstan da Inglaterra. Para o rei Erik de York, compôs o poema Hofuðslaun. Envelhecendo, tornou-se fazendeiro na Islândia. Outro nórdico muito famoso foi Harald Hardrada (1015-1066), considerado por muitos o último grande chefe Viking. Após fracassar em tentar a sucessão ao trono da Noruega, serviu como mercenário de sucesso em Bizâncio. Adquirindo grande reputação como guerreiro e acumulando muitas riquezas, voltou para a Suécia e depois para a Noruega, adquirindo poder político e autoridade. Em 1066 tentou invadir a Inglaterra, morrendo na célebre batalha da ponte de Stamford.

Bibliografia

BOYER, Régis. Berserkr. In: Héros et dieux du Nord. Paris: Flammarion, 1997.
GRIFFITH , Paddy. Berserks. In: The viking art of war. London: Greenhill Books, 1995.
HAYWOOD, John. Berserker. In: Encyclopaedia of the Viking Age. London: Thames and Hudson, 2000.
LANGER, Johnni. Religião e magia entre os Vikings. Brathair 5 (2), 2005. http://www.brathair.com/Revista/N10/magia_viking.pdf
LIEBERMAN, Anatoly. Bersekir: a double legend. Brathair 4 (2), 2004. http://www.brathair.com/Revista/N8/beserkir.pdf
WARD, Christie. Berserkergang. http://www.vikinganswerlady.com/berserke.shtml

Johnni Langer é pós-doutorando em História Medieval pela USP, bolsista da FAPESP.

Fonte: www.templodoconhecimento.com

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Parque Taekwondo, maior investimento já feito nas artes marciais

Uma visão aérea do Parque Taekwondo que será concluído em 2013 em Muju, província de Jeolla do Norte, para a promoção do taekwondo ao redor do mundo.

A Coréia irá construir um parque de taekwondo em 2013, como planejado para promover o esporte em todo o mundo. A organização responsável pelo projeto, a Fundação de Promoção ao Taekwondo (FPT), considera como uma promoção que vai ajudar o taekwondo a segurar o seu lugar como um esporte olímpico em 2020.

O parque será construído em Muju, província de Jeolla do Norte, numa área que cobre 2.314.000 metros quadrados. O local vai ser dividido em três setores principais para atender os visitantes com uma experiência, os atletas com treinamento, bem como promover o significado simbólico para o esporte.

A fundação planeja completar o quadro dos dois primeiros setores no estágio inicial. Além da
construção, a FPT também planeja operar uma sala de fama do taekwondo e um acampamento da juventude, e manter simpósios anuais para recolher conteúdos culturais do esporte.

No "setor experiência" a FPT planeja fornecer aos visitantes um "gostinho" do esporte com diversos conteúdos divertidos. A fundação pretende desenvolver a área de treinamento como um centro de aprendizado, prática e pesquisa.

Outra parte será reservada para profissionais qualificados, para dar aulas sobre o espírito do esporte.

O ano de 2013 tem um significado simbólico para o Comitê Olímpico Internacional (COI), pois irá confirmar 25 esportes olímpicos para o evento de 2020.

Uma vez que o taekwondo ganhe fama como um esporte olímpico, ele precisa passar na avaliação do COI para permanecer um evento do COI.

Para saber mais sobre o projeto, veja o vídeo abaixo:



Fonte: The Korea Times