Anderson Silva se esquiva de golpe de Yushin Okami, durante sua vitória no UFC Rio
“Anderson ama Muhammad Ali e continua tendo ele como um de seus ídolos”, disse o narrador oficial do UFC Mike Goldberg, durante a transmissão nos EUA, lembrando que Forrest Griffin sofreu com os mesmos movimentos em sua humilhante derrota no UFC 101.
O campeão dos médios tem um muay thai excelente, mas luta após luta prova também ser um dos melhores boxeadores dentro do mundo do MMA. A agilidade e a precisão na hora de se esquivar são técnicas dominadas por poucos. Com os braços abaixados, por menos ainda.
“Realmente existe essa semelhança com o que o Muhammad Ali fazia. No jeito de se mexer, eles são fenômenos, têm uma técnica refinada”, analisa o peso pesado de boxe Raphael Zumbano, primo de Éder Jofre, que já treinou com Anderson. “O que eles fazem, deste modo, eu nunca vi alguém fazer.”
"Não considero
a tática do Anderson desrespeitosa.
É como um jogador de futebol,
que pode usar um drible
para fazer uma jogada de gol."
Para Zumbano, o talento é algo natural de Anderson, mas também foi aprimorado com o passar do tempo, nos treinamentos. “É muito difícil conseguir isso, ainda mais com a calma e a tranquilidade com que ele faz. Já treinei com ele e sei do esforço que ele tem para isso.”
O companheiro de UFC Fabio Maldonado é da mesma opinião. O sorocabano também fez carreira no boxe e tem nesta modalidade sua especialidade no MMA.
“Mais do que ter esse jogo de cintura, a qualidade no Anderson é conseguir com isso induzir o adversário ao erro. Ele o chama para bater e, cada vez que o cara erra, vai cansando”, opina Maldonado.
“Não é nada fácil fazer essa esquiva da maneira que ele faz. No treino, na manopla, todo mundo faz um monte de coisa, mas em cima do ringue é muito mais difícil”, adicionou o meio-pesado.
Ex-campeão mundial, Muhammad Ali ficou conhecido como um dos nomes mais rápidos da categoria mais tradicional do boxe. Os pesos pesados são marcados mais pela força que pela agilidade, mas ele tinha velocidade com as pernas e as mãos.
Em um dos seus combates mais célebres, em 1974, Ali adotou como tática ficar junto às cordas e deixar George Foreman castigá-lo. Além de absorver bem o impacto, ele apostou no contra-ataque e, à medida que o oponente se cansava, castigava-o, até que teve a abertura para nocautear, no oitavo assalto.
Veja dois exemplos da 'ginga' de Anderson Silva no octógono:
ANDERSON SILVA X YUSHIN OKAMI
nocaute no 2º round, pelo UFC 134
ANDERSON SILVA X FORREST GRIFFIN
nocaute no 1º assalto, pelo UFC 101
Fonte: UOL Esporte
Nenhum comentário:
Postar um comentário