Veja o trabalho dos "gurus" do UFC:
A ideia é simples e se expande para vários outros esportes. Porém, é no MMA que ela tem mais destaque. Os torcedores abrem os vídeos com o histórico e comentários sobre os lutadores. Depois, apostam em quem serão os vencedores e na forma em que o combate terminará.
A maioria dos comentaristas do Youtube faz os vídeos de maneira barata e caseira. Aproveitam a câmera do computador e começam a gravação. Mas algumas exceções realizam produções mais elaboradas devido ao sucesso.
É o caso Karsten Shreve, o “guru” mais badalado da rede. O canadense, que usa o nick de “MMA Analyst”, ficou famoso por fazer previsões profundas sobre os combates e mostrar conhecimento de dar inveja a jornalistas especializados.
Na verdade, ele recebeu o apelido justamente de um profissional, o ex-comentarista do Pride e Strikeforce Mauro Ranallo - e até agora teve pouco mais de 1,3 milhão de acessos com os vídeos.
“Viver apenas com patrocínios do Youtube é algo próximo do impossível”, afirmou Karsten, que trabalha em um banco e também é faixa roxa de jiu-jitsu. “Quanto mais o esporte cresce, mais pessoas querem dar suas opiniões desta forma. É bom e pode educar os novos fãs”, completou ao falar da importância da onda do Youtube.
Mas nem todos os vídeos não são feitos por amadores. Outro canal bastante popular da internet é comandado por John D. Villarreal, quatro vezes campeão norte-americano de luta livre.
O atleta tem um programa de produção própria em que comenta os mais diversos assuntos, de esportes a política (com mais de 13 milhões de visualizações). Mas como está diretamente ligado ao mundo das lutas, ele atrai grande cota dos fãs de MMA.
“Fui esportista durante toda a minha vida, então posso fazer uma ponte educativa para os torcedores, explicando o que acontece na luta e os motivos. Isso cativa os fãs que estão começando a gostar agora do esporte”, afirmou Villarreal, que assegura acertar 90% dos palpites nos combates.
Dente de Couture caindo no UFC 129:
A onda das previsões do MMA vai além dos Estados Unidos e Canadá. Fãs de países como Suécia, África do Sul e Japão também fazem o mesmo. Enquanto isso, o Brasil ainda engatinha na moda dos “gurus” do vale-tudo.
Atualmente, poucos canais verde-amarelos fazem o trabalho. Entre eles, está o dos cariocas do Armlock: um grupo de três amigos fãs do esporte, que tenta ampliar o cenário no país.
“No começo, tínhamos apenas umas cem visualizações. Mas fomos um dos primeiros canais do Brasil a fazer esse tipo de coisa, então conquistamos nosso público e hoje temos bem mais audiência”, afirmou Osiris, um dos comentaristas. “É uma área bem legal para os torcedores, mas os brasileiros estão vendo isso mais devagar”, completou Gabriel, outro particfipante do programa.
Fonte: UOL Esporte
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